Quatro alunos do Colégio Etapa foram premiados na 33ª edição da Olimpíada Internacional de Informática (IOI), conquistando duas medalhas de prata e duas de bronze. Inicialmente, a competição ocorreria presencialmente em Cingapura. Contudo, devido à pandemia da Covid-19, o torneio ocorreu virtualmente pelo segundo ano consecutivo, dessa vez entre os dias 19 e 25 de junho.
A IOI 2021 contou com a participação de 351 estudantes de 88 países. E esta foi a primeira vez que o Brasil enviou para o torneio uma delegação inteiramente formada por alunos de uma mesma escola.
Além disso, nossos alunos alcançaram outro marco: esta é a quarta vez que toda a equipe brasileira conquista medalhas na IOI. Em 23 anos de participação, os estudantes repetiram esse feito somente em 2008, 2011 e 2014.
Carolina Moura Valle Costa vem fazendo história desde 2020, quando foi a primeira menina a representar o Brasil na IOI. Na ocasião, a jovem foi premiada com uma medalha de bronze. Além da conquista deste ano, ela também foi a competidora que alcançou a melhor classificação do torneio e ainda poderá concorrer a uma vaga na próxima edição da IOI.
Desde 2006, os alunos do Colégio Etapa já conquistaram uma medalha de ouro, sete de prata e sete de bronze nesse torneio.
Da esq. para a dir.: o professor André Sousa, responsável pela preparação, Yan Matheus Tavares e Silva, Carolina Moura Valle Costa, Pedro Shinzato Chen e Luiz Henrique Yuji Delgado Oda
A IOI ocorreu pela primeira vez em 1989, na Bulgária, e é considerada a maior competição de Informática do mundo para estudantes do Ensino Médio. O torneio tem o propósito de encorajar, desafiar e reconhecer os jovens com talento para atuar nessa área.
Cada país pode enviar uma delegação com até quatro estudantes, acompanhada por dois líderes de equipe. Na IOI, os participantes competem individualmente, respondendo a duas provas com três questões cada, de diferentes níveis de complexidade.
Este ano, nossos alunos realizaram as provas no Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (IC/Unicamp), um dos polos olímpicos selecionados pelo comitê organizador do torneio.
Nascida na Cidade do México, Carolina Moura Valle Costa vive atualmente com a família em São Paulo. A jovem iniciou os estudos no Colégio Etapa em 2019, motivada pela nossa tradição em competições científicas, pelas quais ela sempre se interessou.
Após ingressar em nossas equipes olímpicas, a jovem começou a colher os frutos de sua dedicação. Entre as principais conquistas estão: dois ouros na Competição Ibero-Americana de Informática e Computação (CIIC), em 2020 e em 2021; um ouro na Olimpíada Internacional de Informática para Garotas (EGOI), em 2021; dois bronzes na Olimpíada Internacional de Informática (IOI), em 2020 e 2021; e, por fim, um bronze na Olimpíada Europeia de Matemática para Garotas (EGMO), em 2020.
Carolina conta que o maior desafio das olimpíadas é lidar com o desapontamento quando o desempenho não atende ao esperado. “Muitas vezes o estudante se prepara o ano todo para o torneio e não consegue se sair bem por conta do nervosismo ou porque não estava em um dia bom. Contudo, é importante encarar o resultado negativo como o combustível que o impulsionará nas próximas competições. O erro também traz muito aprendizado”, afirma.
Luiz Henrique Yuji Delgado Oda é paulistano e iniciou os estudos no Colégio Etapa em 2014, no 6º ano do Ensino Fundamental. Não demorou muito até - o jovem se encantar pelo universo das competições estudantis, o que o motivou a ingressar nas nossas equipes olímpicas de Informática e Matemática.
Com o passar do tempo, Luiz Henrique ganhou experiência nos torneios e começou a colher os frutos de seu esforço. Além da medalha de prata conquistada na IOI deste ano, ele também alcançou resultados importantes em outras competições nacionais e internacionais.
Foram dois ouros (2020 e 2021 – Top Gold¹) na CIIC, além de quatro ouros (2014, 2016, 2018 e 2019) e uma prata (2020) na Olimpíada Brasileira de Informática (OBI). Já na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), foram duas pratas (2016 e 2017) e um bronze (2018); enquanto que na Olimpíada Brasileira de Física (OBF), Luiz conquistou duas pratas (2016 e 2017).
Para o jovem, participar de competições científicas trouxe outras recompensas além da conquista das medalhas. “Sem dúvidas, ganhei confiança para atingir todas as minhas metas. A cada resultado, eu me sentia mais motivado para me superar e alcançar realizações expressivas”, destaca.
Pedro Shinzato Chen iniciou os estudos no Colégio Etapa em 2012, no 3º ano do Ensino Fundamental. “Eu e minha família estávamos em busca de uma escola que me oferecesse novos desafios, então ficamos animados quando soubemos da oferta de atividades extracurriculares, especialmente das aulas de Robótica”, relembra.
No ano seguinte, Pedro participou do Canguru de Matemática, considerado a porta de entrada para as competições estudantis. Motivado pelo resultado obtido no torneio, o jovem seguiu estudando até ter idade suficiente para ingressar nas equipes olímpicas de Física, Informática, Matemática e Robótica.
Desde então, foram dezenas de conquistas, com destaque para: um ouro (2020) e uma prata (2019) na OBI; uma prata (2020) na OBF; e o primeiro lugar (2020) na categoria Rescue Maze da Competição Latino-Americana de Robótica (LARC).
Após trilhar uma trajetória de sucesso nas competições estudantis, Pedro destaca as habilidades adquiridas durante esse período. “Eu diria que foram três: a disciplina, para conciliar os estudos regulares com a preparação olímpica; o trabalho em equipe, requisito fundamental para ter sucesso em competições de Robótica, visto que precisamos coordenar projetos e explorar o melhor de cada integrante; e a gestão do tempo, para responder corretamente às questões das provas no menor tempo possível”, conclui.
Nascido em Tatuí (SP), Yan Matheus Tavares e Silva mora com a família na capital paulista. O jovem chegou ao Etapa em 2018, motivado pelos resultados dos alunos do Colégio nos vestibulares brasileiros e nos processos de seleção das universidades internacionais.
O jovem participa de competições científicas desde o Ensino Fundamental e já conquistou medalhas importantes em diversos torneios: foram dois ouros (2020 – Top Gold e 2021) na CIIC; uma prata (2021) e um bronze (2020) na IOI; além de três ouros (2018, 2019 e 2020) na OBI.
Yan conta que o maior desafio enfrentado durante sua trajetória olímpica até hoje foram as provas seletivas para as últimas duas edições da IOI. “Os outros estudantes tinham uma elevada capacidade técnica, e o número de vagas era pequeno. Confesso que precisei redobrar a atenção e dominar o nervosismo para demonstrar as minhas aptidões. Felizmente, deu tudo certo”, diz.
¹Top Gold: premiação destinada ao estudante que alcançou a maior nota entre todos os competidores do torneio.