Julia Hedda Lima Pastana escolheu o Colégio Etapa por conta da tradição nos vestibulares e da reputação no exterior. “Sempre ponderei estudar fora, mas essa ideia só se concretizou depois que compreendi quais oportunidades acadêmicas e profissionais seriam realmente boas para mim, considerando o meu interesse pela produção de pesquisas econômicas. Mas eu também queria uma escola que me desse a segurança de passar em uma boa universidade brasileira, caso meus planos mudassem. Por isso, escolhi o Etapa”, destaca.
A jovem, que fez aulas de balé desde os três anos de idade, acredita que sua dedicação à dança foi crucial para sua aprovação em quatro processos de candidatura do exterior. “As instituições internacionais de ensino superior valorizam os estudantes que tenham comprometimento e consistência com tudo que fazem. E acho que consegui demonstrar isso com essa atividade extracurricular, já que pratico balé há 14 anos”, explica.
“Sem falar que, durante o Ensino Médio, eu precisei conciliar as aulas regulares e de Advanced Placement (AP) com a dança, o que contribuiu para que me tornasse mais organizada e disciplinada”, completa.
Ao longo da sua trajetória acadêmica, a ex-aluna também se envolveu com o Vontade Olímpica de Aprender (VOA), uma iniciativa voluntária destinada a oferecer aulas de reforço escolar para estudantes da rede pública brasileira. “Comecei como professora de Português, passei a coordenar todo o departamento e, atualmente, atuo em áreas administrativas do projeto. Acredito que minha dedicação a essa atividade extracurricular, assim como o balé, teve um grande impacto para a minha aprovação, já que me desenvolvi ao longo do tempo, conquistando posições de liderança”, avalia.
Além disso, Julia conquistou uma bolsa de estudos para participar de um programa de verão da Wharton School, escola de Economia da University of Pennsylvania (UPenn), e se formou com distinção em Balé Clássico pela Royal Academy of Dance (RAD), uma das mais influentes organizações educacionais em dança do planeta.
“Inclusive, o principal aspecto que me levou a escolher a University of British Columbia (UBC) foi a bolsa de estudos que conquistei. Eu fui selecionada pelo International Scholars Program, que concede scholarships para candidatos estrangeiros que demonstraram engajamento comunitário, excelência acadêmica e evidências de liderança durante o application². Neste ano, a iniciativa selecionou apenas 50 estudantes entre os mais de 1.000 inscritos do mundo inteiro”, finaliza Pastana.
Por isso, a jovem sugere que os próximos candidatos dos processos de candidatura do exterior tenham um propósito bem definido. “As universidades internacionais buscam estudantes determinados a impactar positivamente o mundo por meio dos seus interesses acadêmicos. Sendo assim, minha principal dica é se envolver com aquilo que você realmente gosta. Dessa forma, quando for escrever as essays¹, saberá explorar como suas experiências de vida e seus interesses moldaram quem você é e quem pretende ser no futuro”, sugere.
A ex-aluna do Colégio também se dedicou mais aos estudos, o que contribuiu para que ela apresentasse excelentes notas em suas candidaturas. “Ter um bom desempenho acadêmico é mais um pré-requisito para ser aprovado por uma instituição de ensino superior do exterior do que uma vantagem. Por isso, procurei desenvolver organização e responsabilidade com os estudos. Eu também fiz os testes que são exigidos pelas universidades internacionais, conquistando 114 de 120 pontos no TOEFL e uma nota maior que 99% dos candidatos no SAT”, conta.
Júlia também obteve um excelente desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), alcançando 980 pontos na Redação. Ela afirma que o Setor Internacional foi fundamental para suas aprovações no exterior.
“Nós, brasileiros, não somos familiarizados com os processos de candidatura de outros países. E contar com um departamento especializado no application foi muito importante para mim. Eles estavam sempre disponíveis, seja para esclarecer minhas dúvidas ou, ainda, revisar as mais de 50 versões de essays que produzi”, completa.
Enquanto espera o início das aulas da UBC, onde escolheu estudar, Julia Hedda Lima Pastana faz cursos de investimentos e de línguas. Sobre o futuro, a ex-aluna do Colégio Etapa avalia as possibilidades. “Eu pretendo estudar Economia, mas vou aproveitar que a UBC possui um currículo de liberal arts³ para explorar outras áreas, como Ciência da Computação e Ciências Políticas. E, após concluir minha graduação, quero continuar na universidade para atuar como pesquisadora de Economia do Desenvolvimento”, compartilha.
“Posteriormente, eu quero trabalhar em grandes centros de pesquisa mundiais, participando das comissões de mitigação da pobreza na América Latina. Também faz parte dos meus planos voltar ao Brasil para direcionar minhas pesquisas à criação de políticas públicas que visem a redução da desigualdade”, conclui.
A UBC é considerada a segunda melhor universidade do Canadá pelo Times Higher Education (THE). E um dos aspectos que a colocam no topo do ranking é o investimento em iniciativas científicas.
“A Vancouver School of Economics, por exemplo, oferece muitas oportunidades de pesquisa econômica para os estudantes de graduação, o que foi crucial para a minha decisão. Sem falar que tanto a instituição como também o Canadá são muito receptivos, o que explica a presença de uma comunidade internacional nesses locais”, conta Pastana.
¹Essays: redações de cunho autobiográfico que são exigidas nos processos de candidatura das universidades do exterior.
²Application: processo seletivo das instituições internacionais de ensino superior.
³Liberal arts: metodologia de ensino multidisciplinar, que oferece mais liberdade para os estudantes elaborarem suas grades de aulas, o que lhes permite explorar diferentes áreas do conhecimento.