Alunos do Colégio Etapa conquistaram quatro medalhas na Global e-Competition on Astronomy and Astrophysics (GeCAA), sendo duas de ouro inéditas para o Brasil, uma de prata e uma de bronze. A competição, que ocorreu virtualmente entre os dias 25 e 27 de setembro, contou com a participação de 433 estudantes de 40 países.
Devido à pandemia da Covid-19, a GeCAA 2020 substituiu a edição presencial da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA), que é considerada a maior competição de Astronomia do mundo para estudantes do Ensino Médio.
E, diferentemente do que ocorre na IOAA, os estudantes competiram em duas modalidades: Individual, na qual os participantes realizaram três provas sobre teoria, análise e reconhecimento do céu; e Team, na qual os competidores formaram diversos grupos para responder a questões que exigiam pesquisas e discussões para chegar às respostas.
Além dos resultados conquistados pelos nossos alunos, o desempenho coletivo do Brasil na competição também foi destaque. Superando todos os resultados alcançados anteriormente na IOAA, os estudantes que disputaram a modalidade Individual conquistaram quatro medalhas de ouro, duas de prata e quatro de bronze. Já na modalidade Team, um dos grupos formados por jovens brasileiros ficou em 1º lugar no pódio.
Considerando os resultados de todos os países participantes, a delegação brasileira encerrou a competição em 3º lugar no ranking geral, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (2º lugar) e da Rússia (1º lugar).
Confira a relação dos nossos alunos medalhistas:
Modalidade Individual:
- Bruno Makoto Tanabe de Lima – medalha de ouro;
- Lucas Shoji – medalha de ouro;
- Giulia Nóbrega da Costa – medalha de prata;
- Ian Seo Takose – medalha de bronze.
Preparação para a GeCAA 2020
Apesar das medidas de distanciamento social, os professores do Colégio Etapa promoveram diversas iniciativas para garantir que seus alunos recebessem uma boa preparação para as seletivas da GeCAA 2020. Dessa forma, o treinamento dos nossos competidores incluiu palestras e treinamentos virtuais ministrados por astrônomos, além de provas teóricas e experimentais.
Sobre a GeCAA
A Global e-Competition on Astronomy and Astrophysics foi criada pelo comitê organizador da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA), com o objetivo de garantir o aprendizado e a troca de experiências entre os participantes, minimizando os impactos causados pela pandemia da Covid-19.
Durante a competição, os estudantes participaram de rodadas teóricas, nas quais eles analisaram dados obtidos a partir da observação de fenômenos astronômicos e astrofísicos.
Conheça os nossos alunos medalhistas na GeCAA 2020:
Bruno Makoto Tanabe de Lima – medalhista de ouro
Bruno Makoto Tanabe de Lima, 16 anos, mora com a família na capital paulista. Em 2015, o jovem iniciou os estudos no Ensino Fundamental II do Colégio Etapa motivado pelos resultados dos nossos alunos nos principais vestibulares do país e nos processos de seleção das universidades do exterior.
Inicialmente, Bruno se dedicava às atividades extracurriculares de futsal e de Robótica. Contudo, tudo mudou no 9º ano, quando ele descobriu que a premiação da Olimpíada Paulista de Física (OPF) ocorreria no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), instituição de ensino que ele tinha interesse em conhecer.
Para Bruno, a conexão entre o universo acadêmico e as competições científicas foi determinante para que ele ingressasse nas equipes olímpicas do Colégio Etapa. Mas, antes das primeiras conquistas, o jovem teve de enfrentar um período de adaptação desafiador.
“Esse é um momento no qual o estudante precisa se dedicar e se organizar para progredir, pois os conteúdos abordados nos torneios são densos e possuem um alto nível de complexidade. Eu precisei construir uma base de conhecimento retomando matérias que já tinha estudado e, progressivamente, evoluí até conquistar as minhas primeiras medalhas”, explica.
Em 2018, Bruno conquistou uma medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA); uma de prata na Olimpíada Brasileira de Física (OBF); uma medalha de bronze na Olimpíada Paulista de Física (OPF) e outra de bronze na Olimpíada Paulista de Matemática (OPM).
Já em 2019, Bruno conquistou medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), na Olimpíada Brasileira de Física (OBF), na Olimpíada Paulista de Física (OPF) e na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC).
Bruno diz que a classificação para uma competição internacional na 2ª série do Ensino Médio o motivou a perseguir objetivos ainda maiores. “Eu pretendo me dedicar ainda mais às preparações para os torneios e, assim, poderei representar o Brasil em outras competições no próximo ano”, ressalta.
Nos intervalos das preparações, Bruno dedica-se a múltiplos interesses. O jovem gosta de treinar a resolução do cubo mágico, modalidade na qual ele compete desde os 15 anos. A lista de hobbies do jovem ainda inclui a leitura de obras sobre a história da humanidade, ouvir música e jogar cartas com os amigos.
Lucas Shoji – medalhista de ouro
Lucas Shoji, 17 anos, nasceu na Alemanha e atualmente mora em São Paulo. O jovem iniciou os estudos no Colégio Etapa em 2018, após conquistar uma bolsa no Desafio Etapa.
No mesmo ano, logo após o início das aulas, Lucas ingressou na equipe olímpica de Física, que é sua matéria favorita. “A Física é fascinante porque explica temas fundamentais, desde a formação das partículas subatômicas até a expansão do universo. Além disso, eu gosto de realizar experimentos para analisar fenômenos do cotidiano”, explica.
Depois, ele também começou a estudar Astronomia e, desde então, tem colecionado conquistas olímpicas nessas duas disciplinas. Em 2018 e 2019, ele ganhou duas medalhas de ouro na Olimpíada Paulista de Física (OPF), duas medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Física (OBF) e duas medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), além de uma medalha de prata na Olimpíada de Física dos Países Bálticos (NBPhO) em 2020.
Lucas também foi destaque em competições internacionais: recebeu uma menção honrosa na International Olympiad on Astronomy and Astrophysics (IOAA), considerada a maior competição de Astronomia do mundo para estudantes do Ensino Médio, em 2019; e conquistou uma medalha de ouro na International Astronomy and Astrophysics Competition (IAAC) em 2020.
“As competições científicas têm sido muito benéficas para mim. Por meio delas, eu aprendi a ter o foco e a determinação necessários para perseguir os meus objetivos. Além disso, eu conheci pessoas incríveis que se tornaram minhas amigas e me incentivaram a seguir a carreira de cientista”, afirma Shoji.
Nos intervalos dos treinamentos olímpicos, Lucas dedica-se à preparação para os processos de seleção das universidades internacionais, incluindo as aulas de Advanced Placement, que são oferecidas pelo Setor Internacional do Colégio Etapa. E para relaxar, Lucas gosta de ler e tocar piano.
Giulia Nóbrega da Costa – medalhista de prata
Giulia Nóbrega da Costa, 16 anos, iniciou os estudos no Colégio Etapa em 2018, na 1ª série do Ensino Médio. “O fator decisivo para a minha escolha foi o desempenho da escola em competições científicas. Naquela época, eu ainda não tinha começado a me desenvolver nessa área, mas sabia que no Etapa eu teria a melhor preparação possível”, relembra.
Desde então, a dedicação de Giulia tem rendido resultados importantes em diversas olimpíadas: duas medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia em 2018 e 2019; uma menção honrosa (2018) e uma medalha de prata (2019) na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP); uma medalha de prata (2018) e uma menção honrosa (2019) na Olimpíada Brasileira de Linguística; uma medalha de prata (2018) e uma de ouro (2019) no Canguru de Matemática; além de uma menção honrosa na Olimpíada Brasileira de Física (OBF) em 2019.
Mas não foram apenas medalhas que Giulia ganhou. Por conta do seu desempenho nas competições, ela foi selecionada para participar de um intercâmbio de férias sobre Astrofísica, em Portugal, em 2019.
“Além da conquista das medalhas, a participação nas equipes olímpicas foi muito importante para o meu desenvolvimento. Aprendi a ter autonomia para estudar sozinha e isso exige muito senso de responsabilidade e capacidade de concentração. E eu também aprendi a dominar o nervosismo, pois a ansiedade interfere diretamente no meu desempenho”, conta.
“Apesar de todos os desafios, existe um aspecto das olímpiadas que faz tudo valer a pena: as amizades. Durante as competições, eu conheci pessoas incríveis que me apoiaram e me incentivaram nos momentos mais difíceis. São amigos que eu certamente levarei para a vida”, destaca Giulia.
Ian Seo Takose – medalhista de bronze
E foi no Etapa que Ian descobriu o seu talento para as competições científicas. Após ingressar nas equipes olímpicas do Colégio, o jovem conquistou mais de 30 premiações em torneios estudantis: na Olimpíada Paulista de Física (OPF), foram quatro ouros (2016, 2018 – 1º lugar – e 2019 – 1º lugar). Ainda em 2019, Ian recebeu a medalha César Lattes, destinada ao estudante do Ensino Médio com o melhor desempenho entre todos os competidores da OPF.
As conquistas regionais de Ian ainda incluem: um bronze (2016) e quatro ouros (2015, 2017, 2018 e 2019) no Canguru de Matemática; um ouro (2018) e um bronze (2019) na Olimpíada de Matemática da Unicamp (OMU); um ouro (2018) e um bronze (2019) na Olimpíada Paulista de Matemática (OPM).
Nas competições nacionais, Ian ganhou: uma medalha de prata (2017) e três de ouro (2016, 2018 e 2019) na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA); uma medalha de ouro (2018) e duas de bronze (2017 e 2019) na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP); e uma medalha de prata na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) em 2017.
Outras conquistas do jovem em torneios de nível nacional foram: duas medalhas de ouro (2017 e 2018) e uma de bronze (2019) na Olimpíada Brasileira de Física (OBF); uma medalha de bronze (2018) e uma de ouro (2019) na Olimpíada Brasileira de Ciências (OBC); e uma medalha de bronze na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) em 2018.
Além desses resultados, ele obteve uma medalha de bronze na Olimpíada Brasileira de Química Júnior (OBQJr.) em 2018; um ouro na Olimpíada Brasileira de Informática (OBI) em 2018; e finalmente um ouro, que lhe rendeu o 3º lugar na classificação geral, da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) em 2019.
Ian conta que se tornou um multimedalhista por conta dos desafios com os quais lidava nas aulas preparatórias de Astronomia, Física e Matemática. “A preparação olímpica exige muita dedicação. É necessário ter disciplina para estudar não só os conteúdos das matérias regulares, mas também das competições que, muitas vezes, exigem conhecimentos de nível superior”, comenta.
“Por outro lado, as olimpíadas me proporcionaram experiências inesquecíveis: por meio delas, eu viajei para diversos lugares e conheci pessoas de culturas diferentes. Além disso, a preparação para os torneios permitiu que eu fizesse muitos amigos no Etapa com os quais eu compartilho dúvidas e conhecimentos sobre a resolução das questões e a execução dos experimentos das competições”, destaca.
Nos intervalos das preparações, Ian gosta de praticar esportes. No Colégio Etapa, ele faz parte dos times de Futsal e de Vôlei e, junto com seus colegas, já conquistou medalhas de ouro nas duas modalidades. Fora da escola, ele gosta de pedalar e jogar no celular.