Johns Hopkins University, University of Kentucky e University of Missouri

Luiza Brunelli Bührer ingressou no Colégio Etapa em 2019, após obter uma bolsa de estudos por meio do Desafio Etapa Sênior. A jovem buscava uma instituição que lhe desse suporte para cursar a graduação fora do Brasil e encontrou esse apoio no Setor Internacional da nossa escola.

“A ideia de estudar no exterior surgiu quando eu ainda cursava o 6º ano do Ensino Fundamental. Eu assistia aos filmes e às séries sobre as universidades dos Estados Unidos e assim passei a me interessar pela experiência de viver em um campus universitário e a pesquisar mais sobre os processos de admissão”, relembra.

A certeza de que se dedicaria ao máximo para transformar esse sonho em realidade veio pouco tempo depois. “Constatei que eu poderia fazer uma dupla graduação nos Estados Unidos, onde as universidades oferecem cursos de excelência na área de Engenharia Biomédica. Como eu e minha mãe sempre tivemos uma relação muito boa, alinhamos as nossas metas e ela fez todo o esforço necessário para concretizar o meu desejo”, conta Luiza.

Proatividade e perfil de liderança

Durante os anos em que estudou no Etapa, Luiza integrou algumas equipes olímpicas, tendo conquistado medalhas em competições como a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Aeronáutica (OBA), que lhe rendeu um bronze (2019) e dois ouros (2020 e 2021); e a Olimpíada Nacional de Ciências (ONC), na qual ela ganhou um ouro (2020).

Fora do Colégio, ela foi vencedora do Prêmio Prudential Espírito Comunitário 2021 do Brasil com o projeto “MC² - Meninas na Ciência” e fez parte da turma de 2022 do Prudential Emerging Visionaries.

Luiza considera que o MC² – organização sem fins lucrativos fundada por ela com o intuito de despertar o interesse de jovens garotas pela Ciência – foi um dos projetos mais relevantes para o seu application¹. “Acredito que meu engajamento em atividades extracurriculares fortaleceu a candidatura, pois foi possível demonstrar a minha personalidade proativa de forma mais concreta”, reflete.

A ex-aluna explica que obter notas boas no Colégio é importante, pois as universidades avaliam o desempenho escolar dos candidatos desde o 9º ano do Ensino Fundamental para garantir que os selecionados conseguirão acompanhar as aulas. “Além disso, as faculdades querem saber se o estudante é capaz de se superar e de buscar desafios acadêmicos. Muitas vezes, uma nota oito em um currículo desafiador vale mais que um dez em uma grade mais fácil”, diz.

“No meu caso, um dos principais desafios foi conciliar todas as tarefas, especialmente durante a pandemia. Para isso, precisei priorizar algumas atividades, como a preparação para o SAT e a elaboração das essays no final da 3ª série do Ensino Médio”, completa.

Em busca do sonho

A jovem fala sobre como o Colégio Etapa colaborou para a sua aprovação em universidades americanas. “O Setor Internacional me ajudou muito durante a preparação para cada fase do application. Na minha avaliação, as tutorias com os ex-alunos e as orientações individuais, que me ajudaram a elaborar a college list, foram essenciais. Nesses encontros, eu também recebi sugestões de temas para o personal statement²”, conta Luiza.

Alcançar um bom desempenho em testes como o SAT e o TOEFL fortalece a candidatura às instituições internacionais de ensino superior. No caso de Luiza, os resultados dos AP Exams de Biologia, Cálculo e Química deram ainda mais destaque ao seu application.

“Eu achei o SAT mais fácil do que os vestibulares brasileiros, por ser menos conteudista – e, sem dúvidas, os simulados são a melhor forma de se preparar para esse teste. Já no caso do TOEFL, devido ao meu nível de proficiência em inglês, não tive problemas. De todo modo, o simulado oficial da ETS também é ótimo para treinar”, aconselha.

As essays e as cartas de recomendação foram outros requisitos do application de Luiza. “Escrevi cerca de 40 redações, mas, como fui aprovada pela Johns Hopkins na modalidade early decision³, desisti de concorrer às vagas de outras universidades e não foi preciso submeter esses textos à aprovação dos departamentos de admissão. No caso das cartas de recomendação, meu orientador e dois professores, sendo um de Ciências Humanas e outro de Ciências da Natureza, dissertaram sobre a minha trajetória acadêmica”, afirma.

“Por fim, também enviei uma recomendação do professor que me orientou durante o projeto de iniciação científica que realizei na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP)”, completa.

Próximos passos

Para Luiza, o momento em que recebeu o resultado da Johns Hopkins ficará marcado como um dos melhores dias da sua vida. “Quando li ’Congratulations’, gritei e chorei, mas tratei de conferir o restante da carta, pois o meu curso – que é o mais concorrido da instituição – era o único que exigia uma aceitação separada. Para a minha surpresa, lá estava o “You’re admitted to Biomedical Engineering!”, relembra.

Além de ser aprovada em early decision, a jovem obteve financial aid para estudar na Johns Hopkins University, onde pretende cursar Ciências da Computação e Engenharia Biomédica.

Apesar de as aulas ainda não terem começado, Luiza Brunelli Bührer já pensa nos próximos passos. “Eu gostaria de trabalhar na área de inovação e desenvolvimento de equipamentos médicos voltados à saúde da mulher. Pretendo concluir a graduação e o mestrado em cinco anos e, em seguida, cursar o doutorado nos Estados Unidos. Futuramente, quero retornar ao Brasil para trabalhar na área de Engenharia Biomédica, mas estou aberta às possibilidades que aparecerem”, revela.

Sobre a Johns Hopkins University

A Johns Hopkins University oferece o melhor programa de Engenharia Biomédica dos Estados Unidos, segundo o ranking U.S. News and World Report. Ao longo de 140 anos de existência, a instituição foi responsável por estudos sobre novas fontes de água potável, a criação do campo da Engenharia Genética e a autenticação dos manuscritos do Mar Morto, por exemplo.

¹Application: termo utilizado para processo de seleção para as universidades americanas e canadenses.

²Personal statement: carta de motivação ou ensaio pessoal exigido no processo de candidatura de algumas instituições internacionais de ensino superior.

³Early decision: modalidade na qual o estudante se candidata antecipadamente a uma universidade e, caso seja aceito, se compromete a retirar todas as candidaturas para outras instituições.