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Simulação da ONU: o que é e como funciona

Escrito por Colégio Etapa | 21/09/2021 11:00:00

Participar de aulas extraclasse contribui para o desenvolvimento acadêmico, pessoal e profissional dos estudantes. Isso porque essas atividades complementam o aprendizado, colaboram para a formação cidadã das crianças e dos adolescentes e para que eles descubram seus interesses e seus talentos.

Nesse sentido, uma excelente opção extracurricular envolve simular as reuniões da Organização das Nações Unidas (ONU). Mas, afinal, o que é, como funciona e quais são as vantagens de participar dessa atividade? Continue a leitura para conferir as respostas dessas perguntas.

 

O que é uma simulação da ONU?

Como mencionado anteriormente, essa atividade extraclasse envolve a simulação das reuniões realizadas pela ONU – entidade internacional que, atualmente, reúne 193 países-membros para debater sobre problemas da humanidade, visando definir propostas de intervenção.

“Durante as simulações, os estudantes assumem os papéis de delegados dos Estados-membros da ONU a fim de discutir possíveis soluções para os temas que demandam a atenção de toda a população global, contribuindo para que o mundo se torne mais acessível e justo para cidadãos do mundo todo”, explica Raudiner Santos, professor responsável pelo Etapa Model United Nations (EMUN) do Colégio Etapa Valinhos.

“Essas discussões ocorrem de acordo com o escopo específico de um órgão da ONU, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Conselho dos Assuntos Econômicos e Financeiros (ECOFIN) e o Conselho Econômico e Social (ECOSOC), por exemplo”, completa Santos.

“A prática de simulações de organismos internacionais, como esses eventos são conhecidos atualmente, começou com a Assembleia Internacional de Oxford, em 1921. Dois anos depois, essa atividade extracurricular passou a se popularizar, graças a um grupo de estudantes da Harvard University. Porém, foi após a criação da ONU, em 1945, que a prática de simular organismos internacionais se expandiu de vez, culminando na formação das Model United Nations (MUN)”, afirma Luiz Carlos Dias, professor responsável pelo EMUN do Colégio Etapa Vila Mariana.

 

 

Como funciona uma simulação da ONU?

“A dinâmica dessa atividade extracurricular pressupõe colocar os estudantes em contato com o universo de reuniões da ONU, mostrando como funciona a política de negociação entre as nações. Para tanto, cada jovem representa um país dentro de um comitê, defendendo a posição externa do país que representa”, aponta Dias.

“Durante as simulações, os estudantes discutem uma temática, buscando chegar, por meio do consenso, a uma resolução que beneficie o mundo todo. Vale frisar que os temas podem estar relacionados a diferentes áreas do conhecimento, como a Economia, a Engenharia, a História e a Medicina”, destaca Santos.

Os alunos do Colégio Etapa têm a oportunidade de participar dessas simulações dentro da escola. O EMUN foi criado em 2012 com o intuito de oferecer um espaço de mediação para debates sobre questões locais, regionais e globais. “Nós utilizamos o Modelo das Nações Unidas (MUN) como fonte de inspiração e de instrução, contribuindo para que os jovens desenvolvam a cidadania com uma visão de mundo”, frisa Dias.

“No EMUN, os temas são escolhidos e aprovados pelos alunos mais experientes. Esse grupo também é responsável por criar guias de estudo, preparar os participantes mais novos e conduzir o fluxo do debate. Desse modo, a experiência vai sendo compartilhada de geração para geração”, enfatiza Santos.

 

 

Por que vale a pena participar de simulações de organismos internacionais?

“Participar de uma simulação da ONU colabora para o desenvolvimento de habilidades essenciais para atuar em um mundo globalizado. Ao assumir o papel de um diplomata ou de um representante das políticas externas de outro país, tendo que defender seus interesses, os estudantes entram em contato com diferentes perspectivas, tornando-se capazes de investigar o mundo para além do contexto cultural, econômico e social em que vivem”, afirma Dias.

“Vale ressaltar ainda que o exercício de se pôr no lugar do outro amplia a visão de mundo e demanda, muitas vezes, uma reavaliação dos próprios princípios éticos, morais e políticos. Além disso, essa atividade extracurricular oferece a oportunidade de aprender a lidar com o êxito e com a frustração: sentimentos fundamentais para nos tornarmos seres humanos resilientes”, completa Dias.

“Participar de simulações da Nações Unidas também contribui para o desenvolvimento de habilidades de argumentação, negociação e oratória. Além disso, os estudantes se tornam capazes de ouvir e respeitar a opinião dos outros indivíduos e, ainda, de estabelecer propostas de intervenção baseadas no consenso. Vale destacar ainda que essa atividade extracurricular colabora para o aprofundamento do conhecimento sobre temas ambientais, culturais, econômicos, geográficos, políticos e sociais”, explica Santos.

“Isso porque, para participar das simulações, os estudantes devem estudar os conteúdos programáticos com profundidade e realizar pesquisas sobre assuntos extracurriculares. Dessa forma, os jovens conseguem desenvolver empatia, desconstruir suas visões de mundo e ter uma formação sólida, crítica e cidadã, o que ocorre graças às trocas com os colegas, ao estudo sobre as temáticas e as nações participantes e, ainda, ao contato com outras realidades. Sem dúvidas, é uma experiência muito desafiadora, enriquecedora e libertadora”, conclui Santos.

 

 

Essa atividade extracurricular também permite que os estudantes participem de simulações nacionais e internacionais, por meio das quais eles podem ganhar prêmios. “O Colégio Etapa já conquistou inúmeras condecorações nesses eventos. Recentemente, nossos alunos participaram do Harvard Model United Nations (HMUN) e do Berkeley Model United Nations (BMUN), conquistando menções honrosas – que, nesse tipo de torneio, correspondem às medalhas olímpicas – em ambas as competições – a única escola brasileira a alcançar esse êxito”, afirma Dias.

“Vale destacar, ainda, a importância das simulações das Nações Unidas para os brasileiros que desejam estudar no exterior. As universidades internacionais consideram essa atividade extraclasse como estrutural para a formação dos indivíduos”, finaliza Dias.

 

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