<img height="1" width="1" style="display:none" src="https://www.facebook.com/tr?id=277882379290217&amp;ev=PageView&amp;noscript=1">

Receba informações

Eventos Vestibular

Covid-19 na ponta da língua: o que rolou na live do Etapa

Por Curso Etapa em 01/10/2020
Saiba mais sobre a live “Covid-19 na ponta da língua”!

No dia 10 de setembro, os professores do Curso Etapa realizaram a live “Covid-19 na ponta da língua”, para apresentar alguns dos termos relacionados à doença na língua portuguesa.

Juntos, Heric José Palos, coordenador de Língua Portuguesa e Literatura do Curso Etapa, Wellington Borges Costa, coordenador de Redação do Curso Etapa, e os professores Raudiner Santos e Aurélio de Lima desfizeram os principais mal-entendidos relacionados ao vocabulário do novo coronavírus e comentaram sobre como a língua portuguesa tem sido afetada pela pandemia.

 

Confira os principais tópicos abordados na live “Covid-19 na ponta da língua”:

“O Covid-19” ou “a Covid-19”?

De acordo com Borges, para chegar a essa resposta é necessário lembrar tanto da gramática normativa como da descritiva. Segundo o professor, quando falamos do coronavírus, nos referimos a um vírus. Portanto, o termo correto é “o coronavírus”.

No entanto, se a proposta é usar a expressão “Covid-19”, considere como referência a tradução em inglês: “Corona Virus Disease 2019”. Sendo “disease” uma palavra de base nominal feminina e que significa “doença”, o termo correto é “a Covid-19”.

 

Com ou sem acento? Utiliza-se o hífen?

Outras dúvidas comentadas pelos professores foram quanto à utilização de acento e de hífen quando nos referimos ao novo vírus. O professor Raudiner Santos relembra que os estudantes devem se atentar à origem da palavra, que é estrangeira e foi adaptada para a língua portuguesa.

Enquanto em inglês se utiliza primeiro o adjetivo e depois o substantivo – por isso, “corona” vem antes de “virus” –, em português a ordem é invertida. Assim, teríamos algo como “vírus corona”, um termo já aceito por aqui.

Sobre o uso do hífen e de acentos, vale relembrar a adaptação do termo estrangeiro (portanto, sem o uso do hífen) e que “vírus” é uma palavra paroxítona. Portanto, deve-se utilizar coronavírus.

 

Surto, epidemia ou pandemia?

Em seguida, Daniel Berto, coordenador de Biologia do Curso Etapa, explicou as diferenças entre os termos “surto”, “epidemia” e “pandemia” do ponto de vista da sua disciplina. E coube ao professor Aurélio de Lima explicar os prefixos. No caso da Covid-19, estamos vivendo uma pandemia, pois trata-se de uma doença com uma grande quantidade de casos, envolvendo muitos países.

 

Uso de termos estrangeiros

Outra prática que acontece em nosso cotidiano é a adaptação de termos estrangeiros para o nosso vocabulário, o que não tem sido diferente com relação à Covid-19. Conforme explicou Lima, estrangeirismo é o uso de uma palavra em sua forma natural em outro idioma, como ocorre com os termos feedback, happy hour, call e home office, por exemplo.

Porém, o professor lembra que é importante utilizar o bom senso e, sempre que possível, dar preferência a termos equivalentes em português, que são mais fáceis de serem compreendidos.

 

Testar positivo ou testar negativo?

Uma das expressões que os estudantes podem vir a utilizar durante o desenvolvimento de redações sobre a Covid-19, por exemplo, é para exemplificar o resultado dos testes e exames. O professor Wellington Borges comentou sobre a construção da frase, ou seja, da sua sintaxe. Além disso, ele também lembrou os estudantes que um caso semelhante esteve presente na última edição do vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest).

Naquela prova, houve uma questão com a frase “O carro furou o pneu”. O professor explicou que este é um caso de voz ergativa, que se difere das vozes passiva e ativa já conhecidas da língua portuguesa. Por isso, a norma culta aceita a utilização dos termos “testar positivo” e “testou negativo para a Covid-19”.

 

Grupo de risco “da” Covid-19 ou “para a” Covid-19?

O professor Heric José Palos apresentou uma propaganda de rádio que dizia “se você é grupo de risco da Covid-19”, mas que depois foi alterada para “se você é grupo de risco para a Covid-19”.

O professor Aurélio de Lima, então, relembrou o uso das preposições, que são utilizadas de formas variadas, de acordo com o contexto. Quando a preposição “de” é usada, há um sentido de posse, enquanto que, ao trocá-la pela preposição “para”, o sentido passa a ser de finalidade. Nesse sentido, Lima considerou que a forma mais adequada seria a primeira preposição, pois se trata de posse.

 

Vacina “da” Covid-19 ou vacina “contra” a Covid-19?

Outro ponto que pode gerar dúvida é sobre as expressões relacionadas à vacina. O professor Raudiner Santos explica que, neste caso, também há uma preposição mais adequada. Como explicado antes, a preposição “de” remete à posse, portanto, se ela for empregada, a interpretação será que a doença é a proprietária da vacina. Por isso, o adequado é utilizar a preposição “contra a”, para sinalizar que a ideia é combater o vírus.

 

Confira a live "Covid-19 na ponta da língua" acessando o vídeo abaixo: 

 

 

Conheça mais o Curso Etapa

Artigos Recomendados

Artigos Recomendados

Cadastre-se e fique sabendo das novidades