A China vem exercendo um papel cada vez mais estratégico na geopolítica mundial. Com 62% da população economicamente ativa, a nação é a segunda maior economia do mundo. Um dos fatores que influenciaram esse crescimento foi o investimento do país na formação de seus estudantes.
Em 2021, cerca de US$ 840 bilhões – o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) – foram investidos em educação, segundo dados do Ministério da Educação da China. Com isso, as instituições chinesas de ensino superior têm ocupado posições de destaque nos principais rankings universitários internacionais, atraindo estudantes do mundo todo.
E você, já considerou a ideia de estudar na China? Então confira a seguir quais são os benefícios para quem escolhe cursar a graduação nessa importante nação asiática e como funciona o processo de candidatura para as universidades chinesas.
Os investimentos significativos em Ciência e Educação elevaram a China ao status de potência tecnológica. Esses incentivos governamentais impulsionaram a produção científica das instituições de ensino superior do país, de modo que as universidades passaram a ser destaque em prestigiados rankings educacionais.
Atualmente, algumas universidades chinesas aparecem entre as 100 melhores do mundo na lista elaborada pelo QS World University Rankings 2023, entre elas:
Confira, a seguir, as dez melhores universidades chinesas de acordo com o QS World University Rankings e com o Times Higher Education (THE):
Algumas universidades americanas ainda contam com campi na China, como é o caso da New York University in Shanghai (NYU Shanghai) e da Duke Kunshan University. Nessas instituições, os estudantes têm a oportunidade de experienciar o que há de melhor nos sistemas de ensino americano e chinês e ainda podem aproveitar as oportunidades profissionais oferecidas pelas duas nações.
Ao elaborar a college list, muitos jovens levam em consideração a cultura do país e os aspectos que influenciam a adaptação naquela localidade. No caso da China, a história milenar e as particularidades regionais podem oferecer experiências valiosas aos estudantes internacionais, especialmente no caso de sino-brasileiros que desejam se reconectar com suas raízes.
As principais universidades do país estão localizadas em cidades que proporcionam vivências diferentes, mas igualmente enriquecedoras. Enquanto Pequim conta com pontos turísticos históricos, como a Cidade Proibida e a Praça da Paz Celestial – além da proximidade com a Grande Muralha –; Xangai tem construções modernas e arranha-céus imponentes.
O destaque de Hong Kong, por sua vez, é a mescla de tradições asiáticas e europeias, considerando que a região tem raízes chinesas, mas também recebeu influências durante o período da colonização britânica.
Considerando que a China é a segunda maior economia do mundo, uma das vantagens de cursar uma graduação no país são as múltiplas possibilidades de o estudante conseguir uma posição no mercado de trabalho chinês, que conta com grandes companhias nacionais e transnacionais.
Essas empresas esperam receber profissionais altamente qualificados, de modo que o diploma de uma universidade chinesa pode abrir muitas portas para o jovem recém-formado. Além disso, o candidato que domina mais de um idioma, como é o caso dos estudantes internacionais, pode se destacar.
O yuan renminbi, moeda oficial da China, é ligeiramente desvalorizado em relação ao real brasileiro, e seu valor é ainda menor quando comparado às moedas de países como os Estados Unidos e o Japão, por exemplo. Com isso, os estudantes brasileiros que vão para a China conseguem ter um maior poder de compra e um custo de vida mais acessível.
Há também a possibilidade de concorrerem a uma bolsa de estudos por meio do China Scholarship Council (CSC) – instituição do Ministério da Educação da China que oferece subsídios para quem deseja cursar o ensino superior no país. Esse órgão é associado a mais de 270 universidades chinesas, que concedem bolsas integrais ou parciais aos estudantes internacionais.
Como cada tipo de bolsa tem requerimentos específicos, e muitos deles podem especificar a nacionalidade do estudante.
Agora que você conhece as particularidades e os benefícios de fazer faculdade na China, confira algumas dicas de Vítor Marconi, college counselor¹ do Colégio Etapa Internacional, para se candidatar aos cursos de graduação das universidades chinesas:
“Acredito que aprender mandarim é o primeiro passo para conseguir estudar na China. Ainda que muitas universidades ofereçam cursos ministrados em inglês, ir para o país sem conhecer o vocabulário básico do idioma oficial pode ser desafiador para o processo de adaptação”, aconselha Marconi.
Mesmo os descendentes de chineses que são fluentes no idioma, devem dar uma atenção extra ao processo de adaptação. “É muito importante que mesmo os estudantes que já têm uma familiaridade cultural e linguística se comuniquem de forma aberta a respeito de suas dificuldades, pois elas podem envolver questões práticas, como abrir uma conta no banco. Dessa forma, as pessoas ao redor poderão saber qual é a melhor forma de ajudá-los”, explica o college counselor.
O processo de admissão chinês é baseado no Gaokao – considerado o maior exame nacional do mundo –, que tem uma estrutura similar à do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Contudo, a avaliação não é obrigatória para os estudantes internacionais. As candidaturas, nesse caso, podem ser realizadas utilizando testes padronizados, como os exigidos pelos Estados Unidos.
“Chineses que se naturalizaram no Brasil, bem como descendentes de chineses com residência fixa em nosso país, devem usar o mesmo processo de candidatura dos estudantes internacionais para estudar na China. Por outro lado, aqueles que têm cidadania chinesa precisam se submeter ao Gaokao”, ressalta Marconi.
“Entre os principais requisitos, as universidades costumam exigir o histórico escolar do Ensino Médio, cartas de recomendação e resultados de exames como o SAT. Outro requerimento é a nota do HSK – teste oficial de proficiência em mandarim”, explica o college counselor.
“Algumas universidades também podem solicitar provas de proficiência em inglês, como o TOEFL ou o IELTS, para se certificar de que o estudante conseguirá acompanhar as aulas ministradas nesse idioma”, conclui Marconi.
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¹College counselor: orientador educacional.