Confira as tendências do vestibular em Matemática:
Enem:
A prova de Matemática do Enem 2018 mostrou-se com as principais características mantidas em edições anteriores, porém alguns detalhes devem ser ressaltados.
A contextualização, a grande utilização de figuras, gráficos e/ou tabelas nos enunciados das questões e o grau de dificuldade próximo ao dos exames de 1ª fase das universidades estaduais paulistas continuaram presentes nessa edição, mas destacaram-se alguns testes abordando tópicos pouco comuns nesse exame, como gráficos de relações e gráficos de funções trigonométricas.
Tradicionalmente, os principais assuntos cobrados nos exames do Enem, como Funções, Geometria, Combinatória, Estatística, Porcentagens e Razão/Proporção se mantiveram, mas algumas dessas questões apareceram de forma bastante criativa, exigindo um pouco mais de análise por parte do candidato, principalmente em Geometria, configurando-se assim como uma prova conteudista, mas que também privilegia a percepção do candidato.
Notou-se também, pelo segundo ano consecutivo, uma questão envolvendo valor presente, um conceito bastante explorado em Matemática Financeira, que envolve propriedades de exponenciais / logaritmos em sua resolução, na maior parte das vezes.
Outros temas também foram cobrados em menor escala, como Geometria Analítica, Matrizes e Progressões, sempre mantendo o formato de abordagem do Enem. Uma prova com 45 questões permite que várias partes da Matemática estejam presentes em seus exames.
Questão inovadora e criativa, envolvendo Estatística e Probabilidade. Não trivial:
Fuvest – 1ª fase:
A prova de Matemática da 1ª fase da Fuvest mostrou-se menos exigente em relação aos anos anteriores. O candidato que estava esperando uma prova nos mesmos moldes das últimas edições deve ter ficado surpreso com o grau de dificuldade encontrado. Pode-se dizer que o exame de 2019 evitou o achatamento das notas dos candidatos.
De forma geral, os assuntos mais cobrados, como Funções, Geometria e Probabilidade, entre outras, se mantiveram e suas abordagens também foram tradicionais. Questões contextualizadas continuaram presentes e algumas até de forma pouco usual, como um teste que abordava a análise gráfica de índices financeiros, onde o candidato tinha que visualizar uma combinação desses pontos sem outro plano cartesiano, tornando-se uma das questões mais difíceis da prova.
Questão de 1ª fase envolvendo análise gráfica: pouco comum:
Fuvest – 2ª fase:
Na 2ª fase, onde as questões contavam com três itens e grau crescente de complexidade a cada item, o exame da Fuvest foi uma mistura das antigas provas de conhecimentos gerais e específicos, talvez pelo fato de seu formato ter se modificado para este ano, permitindo maior fracionamento da nota dos candidatos pela quantidade de itens nas questões e consequentemente tornando a prova também mais acessível.
Os assuntos normalmente abordados nessa fase da prova, como Geometria Analítica, Sequências e Progressões, Matrizes e Probabilidades também marcaram presença e notou-se a ausência das tradicionais Trigonometria e Geometria Espacial.
Pode-se dizer que os 18 itens da 2ª fase conseguiram cobrar uma boa e importante parcela da Matemática do Ensino Médio de maneira mais formal, exigindo conteúdo juntamente com manipulação algébrica e deixando de lado as eventuais demonstrações.
Questão de probabilidades na 2ª fase: assunto clássico:
Geometria: assunto clássico e de presença quase obrigatória:
Unicamp – 1ª fase:
A prova de Matemática da 1ª fase da Unicamp 2019 manteve-se basicamente nos mesmos moldes da edição do ano anterior, tanto nos temas abordados como no grau de dificuldade.
Com 13 testes, alguns cobrando mais de um assunto, o exame conseguiu abordar a maior parte dos tópicos do Ensino Médio, porém com pouca profundidade das questões, tornando-o menos exigente que as outras primeiras fases das estaduais paulistas. Além disso, a tradicional contextualização de suas questões foi bastante modesta nessa edição, dando prioridade a questões com enunciados mais curtos e resoluções mais diretas.
Notou-se a ausência de questões envolvendo números complexos e deslocamentos gráficos, muito usual nas primeiras fases mais recentes da Unicamp.
Questão envolvendo mais de um assunto, característica da Unicamp:
Unicamp – 2ª fase:
A 2ª fase da Unicamp mostrou-se bastante balanceada nos quesitos profundidade e abrangência. Com seis questões envolvendo dois itens cada uma, o exame conseguiu contemplar uma boa parcela dos principais temas do Ensino Médio, como Geometria, Probabilidade, Funções, entre outras, com enunciados diretos, pouca contextualização e questões envolvendo vários temas da Matemática.
Mais uma vez, um dos itens de suas questões envolveu demonstração matemática, nada extremamente exigente, mas uma tendência da Unicamp há alguns anos.
Questão dissertativa, envolvendo demonstração, tradicional em seus lugares:
Vunesp – 1ª fase:
O vestibular da 1ª fase da Vunesp 2019 inovou no formato de sua prova, trazendo a tradicional contextualização em todas as questões, mas com interdisciplinaridade em grande parte do exame.
Algumas questões de Matemática exigiam do candidato conhecimentos de outras disciplinas para a correta resolução, algumas vezes ficando até difícil descobrir se a questão era predominantemente de Matemática ou não.
Apesar dessa apresentação, os assuntos cobrados foram bastante tradicionais, como Funções, Geometria, Probabilidade, Matrizes, entre outras, ou seja, nada que provocasse algum estranhamento por parte dos candidatos, mas com grau de exigência levemente superior aos exames de 1ª fase mais recentes.
Enunciados bastante elaborados e mais longos que os de anos anteriores marcaram essa 1ª fase, privilegiando aqueles que têm conhecimento das várias disciplinas que compõem a prova, deixando de lado as tradicionais questões estritamente técnicas e sem qualquer contextualização.
Questão interdisciplinar de Matemática com Física na primeira fase:
Vunesp – 2ª fase:
A 2ª fase dessa edição da Vunesp manteve-se muito semelhante às dos outros anos. Uma prova com apenas três questões dissertativas, cada uma delas com dois itens, com enunciados elaborados e nem sempre contextualizados, com grau de dificuldade adequado a uma 2ª fase de vestibular concorrido, priorizando temas clássicos da Matemática do Ensino Médio, como Análise Combinatória, Funções e Geometria.
Questão dissertativa da 2ª fase, estritamente técnica e sem qualquer contextualização:
Unifesp – Fase Única:
O exame de Matemática da Unifesp 2019 contou com cinco questões dissertativas, todas com dois itens, contextualizadas em sua maioria. Foi levemente mais exigente que no ano anterior. Os assuntos cobrados são clássicos do Ensino Médio, como Geometria, Probabilidade, entre outros, e notou-se que em todas as questões o item b era significativamente mais trabalhoso que o item a, mas nada que ultrapassasse o previsto. Para os cursos mais concorridos, como Medicina, e uma prova com apenas cinco questões, faltou uma questão mais difícil, que realmente fizesse diferença na nota dos candidatos.
Questão envolvendo progressões e exponenciais, tradicional:
Leia as análises das demais disciplinas em http://www.etapa.com.br/tendencias/