Massachussets Institute of Technology; Dartmouth College; Princeton University; Yale University; e Reed College
Nascido na pequena Passa Tempo, em Minas Gerais, o ex-aluno do Colégio Etapa João César Campos Vargas, de 18 anos, foi aprovado em três universidades sempre apontadas pelos rankings dentre as melhores do mundo: Princeton, Massachusetts Institute of Technology (MIT) e Yale.
João estudará Matemática nos EUA. "Quero me tornar um pesquisador na área, mas também gosto de dar aulas", diz. Antes de embarcar, em agosto, ele alternará os papéis de aluno e professor - treinando para representar, pela terceira vez, o Brasil na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO), em julho, e preparando outros alunos do Etapa para encarar as olimpíadas nacionais e internacionais da disciplina.
Por conta das olimpíadas de Matemática, o jovem já conheceu vários países. Em 2015, foi bronze na IMO realizada na Tailândia, e no ano seguinte, na mesma competição, em Hong Kong, conseguiu uma medalha de prata. Se a evolução no tipo de medalha continuar e ele garantir mais uma vez presença na equipe brasileira, o ouro terá um gosto especial, por ser em casa. Em 2017, a IMO acontecerá pela primeira vez no Brasil, no Rio de Janeiro.
A família de João ainda mora em Passa Tempo. O pai é trabalhador rural aposentado e a mãe é professora de História na escola estadual onde o jovem fez todo o Ensino Fundamental. "Vejo a ida para os EUA como um terceiro passo. O segundo foi quando vim para São Paulo, a fim de estudar no Etapa, que já conhecia bem em virtude dos treinamentos olímpicos. O Colégio me deu a base de que precisava para conseguir a admissão. Se ficasse em Minas, acho que teria muito mais dificuldade para aplicar", reconhece.
E o primeiro passo? Foi dado no 6º ano do Ensino Fundamental, quando ele fez a prova da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Por causa da medalha conquistada, João foi convidado para fazer, no ano seguinte, o Programa de Iniciação Científica (PIC) da Obmep, que, segundo ele, foi o grande "despertador" da paixão pela Matemática. Na sequência, foi selecionado para outro programa da Obmep, hoje extinto, que preparava os alunos para competições internacionais. Estava aberto o caminho para as conquistas maiores.
Além das medalhas na IMO (em 2015 e 2016) e em outras competições internacionais, João conquistou cinco medalhas de ouro na Obmep e duas (também de ouro) na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) - mais antiga e tradicional olimpíada científica brasileira, que seleciona os estudantes para representar o Brasil nas competições internacionais de Matemática.