No dia 7 de maio, o Curso Etapa realizou a segunda edição do Ciclo Etapa de Orientação Profissional 2019. Desta vez, o evento foi dedicado aos alunos que pretendem prestar vestibular para o curso de Medicina.
Os palestrantes foram os médicos: Milton de Arruda Martins, professor de Clínica Médica Geral e coordenador do curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP); e Patrícia Tempski, Médica Pediatra e coordenadora de Ensino e Pesquisa do Centro de Desenvolvimento de Educação Médica da Faculdade de Medicina da USP.
Durante o evento, os convidados responderam às perguntas da plateia e compartilharam as experiências que tiveram ao longo da carreira.
Atualmente, existem cerca de 340 escolas de Medicina no Brasil. Esse número de instituições não diminuiu a concorrência dos cursos mais famosos, como o da USP, mas atende aos estudantes que preferem estudar e residir no estado de origem. “É importante que o candidato tenha clareza do que pretende fazer após a formação, pois existem escolas que são mais técnicas e outras mais voltadas à pesquisa científica”, ressalta Patrícia Tempski.
De acordo com Milton de Arruda Martins, o maior obstáculo pode ser o financeiro. Por isso, é importante que as decisões sejam tomadas em conjunto, com a participação da família. “Dependendo da especialidade, a formação pode levar até 11 anos. O estudante precisa fazer essa reflexão, pois a família pode passar por altos e baixos durante esse período e ele talvez tenha que sair da faculdade para trabalhar”, explica.
Por outro lado, as universidades dispõem de serviços de apoio multidisciplinares para evitar que o estudante abandone o curso. Portanto, o aluno deve ter ciência de que não está sozinho nesse período e que sempre poderá buscar ajuda.
Os professores não recomendam que o curso de Medicina seja feito no exterior, a menos que o estudante pretenda atuar em outros países. “Quem quer trabalhar no Brasil precisa conhecer as complexidades do sistema de saúde brasileiro. A Medicina é uma profissão de observação, portanto, é necessário conhecer as nossas doenças tropicais, os métodos de tratamento e estar próximo aos médicos que trabalham em busca de soluções para combatê-las e erradicá-las”, aconselha Martins.