A Engenharia é uma das profissões mais valorizadas do mundo. E, se o seu filho deseja se tornar um engenheiro de sucesso, ele pode optar por uma universidade brasileira de ponta ou até estudar em outro país.
Quer saber mais sobre os cursos oferecidos pelas universidades internacionais? Então confira as vantagens de estudar Engenharia no exterior e as 15 melhores graduações nessa área, segundo o Times Higher Education (THE), um dos principais rankings universitários do mundo.
Antes de conhecer as vantagens de cursar Engenharia fora do país, você deve estar se perguntando sobre as diferenças entre fazer essa graduação no Brasil e no exterior.
“Nos Estados Unidos, os cursos têm uma duração menor, pois as matérias são ministradas de forma mais rápida, o que os torna mais exigentes. Já na Europa, a formação em Engenharia pode ser concluída em cinco anos, assim como ocorre no Brasil. Porém, nas universidades europeias, é usual o estudante terminar com um diploma equivalente ao mestrado, o que torna o curso mais desafiante”, explica Edmilson Motta, coordenador-geral do Colégio Etapa.
Mas os benefícios de estudar Engenharia no exterior não param por aí. “As instituições de ensino superior internacionais oferecem mais opções de especialização e o estudante tem mais liberdade para escolher as disciplinas que irá cursar”, explica o coordenador.
Essa flexibilidade das universidades do exterior também é vista como um diferencial pelo ex-aluno do Colégio Etapa Ivan Padalko, que possui duplo diploma em Engenharia de Computação pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e pela École Polytechnique, considerada uma das mais tradicionais escolas de Engenharia do mundo.
“As principais vantagens de estudar na França são a grande liberdade dada aos estudantes, o currículo focado em oferecer uma formação completa e o grande prestígio das instituições”, destaca Padalko.
O ex-aluno do Colégio Etapa, Mauricio Carrari, também teve uma boa experiência no país, quando cursou uma grande école¹. Ao final do curso, ele conquistou o duplo diploma em Engenharia de Computação pela Universidade de São Paulo (USP) e pela École Centrale de Nantes, a terceira melhor universidade de Engenharia da França, segundo o THE.
“A Centrale de Nantes proporciona inúmeras atividades extracurriculares e estimula o estudante a ter um equilíbrio entre sua vida pessoal, social e acadêmica. Além disso, a instituição oferece muitas disciplinas de Gestão e de Finanças, o que faz toda a diferença no desenvolvimento de habilidades de liderança, que foram cruciais para a minha carreira”, pontua Carrari.
O ex-aluno do Colégio Etapa Rodrigo Kendy Yamashita, que se formou em Engenharia Eletrônica na University of Tokyo (Todai), a melhor instituição de ensino superior de Engenharia do Japão, reforça que estudar Engenharia no exterior lhe proporcionou vantagens no mercado de trabalho.
“Nenhuma empresa do Japão ignora um currículo de um estudante da Universidade de Tóquio por inúmeras razões. O corpo docente da instituição é formado por especialistas reconhecidos mundialmente em suas respectivas áreas, a infraestrutura para pesquisa é ótima e as bibliotecas também são as melhores do país”, afirma Yamashita.
Engenheiros também são muito valorizados no mercado de trabalho dos Estados Unidos, que conta com o maior polo econômico do mundo, e muitas vezes atuam em grandes empresas da área de Finanças. Saiba mais no vídeo abaixo:
Outra grande vantagem das instituições de ensino superior internacionais é o fato de oferecerem uma formação completa. “O valor do curso de Engenharia está ligado a um currículo amplo, que permite que o estudante tenha contato com os conteúdos específicos e com as novas tecnologias. E, geralmente, as universidades internacionais proporcionam tudo isso devido à tradição e ao acesso ao que há de mais inovador”, explica Edmilson Motta.
E essa formação completa é realmente um diferencial no mercado de trabalho, como mostra o ex-aluno do Colégio Etapa Rafael Ferronato, que se formou em Engenharia Industrial pelo Institut National des Sciences Appliquées de Lyon (INSA), uma das dez melhores universidades de Engenharia da França, segundo o THE. “O INSA é muito reconhecido e isso facilitou a conquista de excelentes empregos. Eu já trabalhei em grandes empresas, como a L’Oreal, a Michelin e a Manhattan Associates, e em vários países diferentes”, destaca Ferronato.
“Estudando em uma universidade de renome mundial é possível ter acesso a estágios e empregos nas melhores empresas do mundo”, destaca o coordenador-geral do Colégio Etapa. E, em linha com temas como a Internet da Coisas e a Inteligência Artificial, muitas oportunidades são para atuar no setor de Tecnologia.
O ex-aluno do Colégio Etapa Ivan Padalko, por exemplo, trabalha como cientista de dados na empresa de realidade aumentada Real2U. Já Mauricio Carrari é diretor global de Serviços no grupo Thales, líder mundial em Internet das Coisas (IoT) e segurança de dados. Já o ex-aluno Rafael Ferronato atua como chefe de desenvolvimento de produtos na Lokad, plataforma para otimização quantitativa da cadeia de suprimentos. E Rodrigo Kendy Yamashita trabalha como designer de peças de carro na Denso, líder em inovação automobilística.
Quer saber mais? Então confira alguns depoimentos de outros ex-alunos sobre como é trabalhar como engenheiro em algumas das principais empresas de tecnologia do mundo.
“Em países europeus, principalmente na França, a profissão de engenheiro tem um status bastante significativo pelo fato de ser um curso que oferece uma formação muito sólida, preparando os estudantes para ocuparem posições de liderança. Não por acaso, muitos executivos e grandes empresários são formados em Engenharia”, finaliza Motta.
Segundo Edmilson Motta, coordenador-geral do Colégio Etapa, as desvantagens são as mesmas para qualquer estudante internacional, independentemente do curso. “Em primeiro lugar, há a questão da adaptação cultural. Outro ponto é que as universidades do exterior são bastante exigentes, portanto, o estudante precisará enfrentar grandes desafios”, explica Motta.
“Em comparação com as instituições de ensino superior da Europa e dos Estados Unidos, a porcentagem de estudantes estrangeiros é menor no Japão. Mas isso pode ser visto como uma vantagem para alguém que realmente queira conhecer a cultura japonesa”, destaca Rodrigo Kendy Yamashita.
Já o ex-aluno do Etapa Rafael Ferronato reforça que o nível de cobrança das universidades do exterior é alto. “Os dois primeiros anos na França são eliminatórios, o que é bem estressante. Mas é uma experiência muito especial. Eu fui extremamente feliz por ter feito essa escolha”, afirma.
Mas é importante lembrar que os desafios podem surgir antes mesmo do estudante iniciar o curso superior. “Alguns países consideram o Ensino Básico brasileiro insuficiente para preparar o estudante para uma graduação. Por isso, em alguns casos, os estudantes estrangeiros de todos os cursos precisam cursar o foundation year² e só depois podem ingressar em uma universidade”, destaca Motta.
Por último, vale destacar que, caso o estudante queira voltar para o Brasil depois da graduação, pode ser necessária a revalidação do diploma. “É um processo complicado. Mas, se o profissional não pretende lecionar em uma universidade ou trabalhar em um órgão público, não é obrigatório fazer a revalidação”, esclarece o coordenador-geral do Colégio Etapa.
Os Estados Unidos e o Reino Unido dominam o Top 15 de melhores universidades de Engenharia e Tecnologia do mundo, segundo o Times Higher Education (THE). Cingapura, China e Suíça também aparecem no topo da lista. E outros países como Alemanha, Austrália, Canadá, França e Japão se destacam no ranking geral pelo número de instituições bem avaliadas.
Confira agora as 15 melhores universidades de Engenharia do mundo:
Para ser aprovado no curso de Engenharia de uma dessas universidades é preciso passar por um rigoroso processo seletivo, que varia de acordo com a instituição e o país. “Nos Estados Unidos, é valorizada a trajetória do estudante, por isso as atividades extracurriculares possuem um grande peso no processo de admissão. Já em outros países, a dica é ter um excelente desempenho nas disciplinas de Exatas, como a Física, a Química e a Matemática”, explica Edmilson Motta
Por essa razão, se o seu filho quer estudar Engenharia no exterior, uma dica é avaliar o currículo da escola dele, verificando a oferta de atividades extracurriculares, por exemplo. “Para ser considerado no processo de admissão de um curso de Engenharia fora do Brasil, o candidato também precisa ter Cálculo em sua grade curricular no Ensino Médio”, afirma o coordenador.
Já para ingressar em uma grande école, são avaliados os dois primeiros anos na universidade. “Nesse caso, o estudante precisa ter médias altas na faculdade e um nível de proficiência entre médio e alto no francês ou no inglês, idiomas em que poderá ser ministrado o curso”, esclarece Motta.
Além da análise do histórico escolar, os ex-alunos do Etapa passaram por outras avaliações, como eles mesmos contam. “O processo seletivo da École Polytechnique é constituído por uma prova de múltipla escolha, análise do currículo e provas orais de Matemática e Física”, conta Ivan Padalko.
“Eu passei por uma entrevista presencial com um corpo de jurados de várias écoles da França. Nessa etapa, o importante é demonstrar espírito aberto, proficiência na língua e objetivos claros em relação ao curso”, complementa Mauricio Carrari.
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¹Grande école: instituições de ensino superior da França que oferecem uma formação especializada. O estudante precisa fazer os dois primeiros anos em outra universidade, como a USP e a Unicamp, para ingressar nessas instituições só no terceiro ano, com a possibilidade de conquistar um duplo diploma ao final da graduação. Para tanto, é necessário que as duas universidades tenham um acordo de duplo diploma.
Recentemente a École Polytechnique passou a oferecer a oportunidade de estudantes estrangeiros ingressarem de forma direta na instituição, após a conclusão do Ensino Médio. O novo módulo, denominado Bachelor of Science, oferece um currículo científico comum em seu primeiro ano. Posteriormente, é preciso escolher entre três grandes áreas: Matemática e Física, Matemática e Economia ou Matemática e Ciências da Computação. As três opções qualificam o estudante para um mestrado diferentes universidades da França e do exterior.
Para se candidatar neste módulo é preciso ter um alto desempenho e grande interesse nas áreas de Matemática e Ciências, além de possuir um nível avançado de proficiência na língua inglesa. O processo de candidatura inclui avaliação do histórico escolar e do currículo, produção de uma redação sobre as próprias motivações e apresentação de duas cartas de recomendação. Caso aprovado na primeira fase, o candidato passa por uma entrevista em inglês, na qual são feitas perguntas pessoais e questões orais de Matemática e Ciências.
2Foundation year: curso introdutório para a graduação exigido em diferentes países.