No Enem 2016, a participação das questões de Física na prova de Ciências da Natureza já tinha atingido a sua melhor formulação. A constante melhora na elaboração das questões ocorreu tanto na boa distribuição de assuntos pertinentes ao programa de Física do Ensino Médio como no equilíbrio entre questões conceituais e outras que exigiam algum tipo de cálculo. Outro aspecto importante tem sido a utilização da “contextualização” de maneira mais simples, com textos menores e mais diretos.
No Enem 2017, além da manutenção da boa formulação das questões de Física, outro detalhe chamou muito a atenção: tivemos a prova de Física mais difícil das últimas edições. Um fator agravante foi o fato de que pela primeira vez a prova de Ciências da Natureza foi realizada juntamente com a prova de Matemática, o que produziu um aumento geral na dificuldade e uma decorrente complicação na administração do tempo para resolver a prova.
Assuntos como Energia, Potência e Ondulatória ainda apresentaram o destaque tradicional, destaque esse que vem desde o início da realização das provas do Enem. É importante destacar que diversos outros capítulos do programa estiveram presentes. Os principais assuntos de Mecânica, Eletricidade, Termologia, Óptica e Ondas marcaram presença, dando à prova um caráter bem abrangente.
No Enem 2017 tivemos, sem nenhuma dúvida, as questões de Física mais exigentes e abrangentes se comparadas com todas as edições anteriores do exame.
O vestibular mais consolidado do país manteve a tradição de realizar excelentes questões de Física, tanto na 1ª fase como no segundo e no terceiro dia da 2ª fase. Como sempre, o programa foi cobrado de maneira extensa, percorrendo os principais assuntos de todas as grandes áreas, mantendo assim a característica de uma prova abrangente. Mais uma vez as questões apresentaram formato clássico, sem se perder em aspectos irrelevantes.
Assim, com as principais características mantidas (abrangência e questões clássicas), a Fuvest consegue como sempre selecionar os candidatos mais bem preparados. Na 1ª fase ocorreu um pequeno aumento no grau de dificuldade, tanto nos conceitos físicos exigidos como nos cálculos aritméticos.
Assim como na 1ª fase, a 2ª fase da Fuvest 2018 apresentou aumento no grau de dificuldade. No segundo dia da 2ª fase houve a tradicional cobrança de interpretação de gráficos e de questões contextualizadas com muitas informações no “Note e adote”, como na questão que envolveu Ondas Gravitacionais. Outro detalhe importante foi a cobrança de habilidades clássicas como a marcação de forças que atuam em diversos corpos. Chamou bastante atenção a grande quantidade de cálculos, sendo que em muitos deles os resultados eram bem “quebrados”. Com certeza, o candidato que não estava bem preparado para as exigências aritméticas teve o seu resultado bastante prejudicado.
Nota-se que a Fuvest está fazendo questão de cobrar tais habilidades aritméticas em todas as fases do seu vestibular; No terceiro dia da 2ª fase a prova foi bem cansativa, com grande quantidade de itens por questão. Essa quantidade de itens permite a cobrança de muitos conceitos, tornando a prova extremamente abrangente. Novamente ocorreu uma grande quantidade de cálculos e as tradicionais questões “clássicas”, aquelas a que os candidatos bem preparados já estão bem acostumados. A Fuvest 2018 foi mais uma vez um vestibular de alta qualidade.
Na 1ª fase da Unicamp 2018, assim como nas edições anteriores, houve predomínio das questões envolvendo o conhecimento de conceitos de Mecânica. Em geral as questões apresentaram baixa complexidade, cobrando conceitos simples e poucos cálculos.
Foi bastante exigida a capacidade do candidato transformar unidades de medidas. A contextualização, que sempre esteve presente nas provas da Unicamp, apareceu de forma mais direta, produzindo enunciados menores e de fácil interpretação.
A 2ª fase da Unicamp 2018 surpreendeu um pouco pelo fato de ter ocorrido uma redução no grau de complexidade da prova. Tal fato chamou a atenção, já que nas edições anteriores o grau de dificuldade da prova foi de médio a alto.
Com uma distribuição clássica de assuntos, a Mecânica apareceu em metade das questões, cobrando conceitos bem tradicionais, como a marcação de forças que atuam em corpos distintos.
A Vunesp 2018 manteve a tradição de realizar um vestibular mais simples e direto, se comparado com a Fuvest e a Unicamp, por exemplo. Tanto na 1ª como na 2ª fase, as questões de Física foram clássicas e com cálculos simples. A contextualização não foi uma característica marcante da prova, tornando os enunciados menores. As questões, como sempre, foram bem elaboradas e bem tradicionais.
As cinco questões de Física do vestibular de 2018 da Unifesp cobriram conceitos importantes do programa, com enunciados bem elaborados e uma contextualização adequada. Assim como em 2017, o grau de dificuldade não foi tão elevado. Este fato impõe um problema para candidatos de carreiras muito disputadas, como Medicina, forçando-os à necessidade de praticamente “gabaritar” a prova. Todas as questões foram bem tradicionais e não exigiram cálculos muito complicados.
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