Enem 2017 trouxe 16 questões de Biologia na prova de Ciências da Natureza. Foram abordadas as diferentes partes da disciplina, dando ao exame uma abrangência conceitual bastante grande. No entanto, como já havia acontecido nos anos anteriores, houve predomínio de assuntos de Citologia e de Ecologia. No total, foram 5 questões de Citologia, 4 de Ecologia, 3 de Botânica, 2 de Zoofisiologia, 1 de Genética e 1 de Evolução.
Enunciados simples e alternativas diretas provavelmente permitiram uma resolução mais rápida das questões. A abordagem, apesar de contextualizada, foi por vezes tradicional, conhecida de outros vestibulares, como a bioacumulação em níveis tróficos superiores. Houve também questões em que a escolha da alternativa correta dependia da interpretação de imagens e análise de experiências científicas, como na questão 98.
Em termos técnicos, a prova exigiu conhecimentos básicos e fundamentais da Biologia, adequando-se à proposta – cada vez mais consolidada – de ser o grande exame nacional de acesso às universidades. Nesse aspecto, foi semelhante à prova anterior, do Enem 2016.
A 1ª fase da Fuvest teve 12 testes de Biologia, versando sobre assuntos clássicos, como, por exemplo, sistema respiratório humano, fermentação e excreção nitrogenada dos animais.
Exceto por um heredograma em uma das questões, as demais não apresentaram gráficos, tabelas ou figuras para serem interpretados. Isso deixou a prova muito direta, com anunciados simples. As alternativas também foram bastante curtas. Pelas partes da Biologia, a prova foi assim distribuída: 4 questões de Botânica, 3 de Zoofisiologia, 2 de Citologia, 2 de Genética e 1 de Ecologia.
Ao contrário dos anos anteriores, não houve questão abordando tópicos de Evolução. Mesmo assim, a prova se mostrou satisfatoriamente abrangente. Em relação à dificuldade técnica, a 1ª fase da Fuvest deste ano foi menos exigente que a do ano passado.
A prova de Biologia do segundo dia da 2ª fase da Fuvest trouxe uma questão interdisciplinar com Química abordando a aclimatação fisiológica a grandes altitudes, tópico bastante comentado nas aulas de Fisiologia Humana. A outra questão tratou de cadeias e teias alimentares, assuntos fundamentais de Ecologia. Foram temas básicos, abordados com profundidade compatível com o caráter geral dessa prova.
As seis questões de Biologia foram sobre Zoofisiologia (três questões, 50% da prova), Ecologia, Evolução e Genética (uma questão de cada). Neste ano a banca examinadora da Fuvest mesclou questões mais diretas, meramente conteudistas, com outras mais elaboradas, exigindo dos candidatos grande habilidade redacional.
Apesar dos temas cobrados serem comumente abordados em sala de aula – evolução das plantas, artrópodes, cadeias e teias alimentares, por exemplo –, as questões foram, na maioria, notavelmente mais complexas que as dos anos anteriores. A presença de figuras, heredogramas e gráficos também merece destaque. Uma prova adequada para avaliar conhecimentos específicos da disciplina.
A prova de Biologia da 1ª fase da Unicamp foi composta por dez testes, bem distribuídos pelas partes da matéria: 3 de Zoofisiologia, 3 de Botânica, 2 de Genética, 1 de Ecologia e 1 de Evolução. Enunciados claros, diretos, facilitaram a resolução pelos candidatos. Abordou tópicos tradicionais do Ensino Médio, tais como Biologia Molecular, DST, especiação, organelas. Uma questão de Genética sobre o padrão de concha de certa espécie de moluscos cobrou os padrões de herança de forma criativa.
Nesse caso, se o estudante atentasse às informações do enunciado, chegaria à resposta correta com certa tranquilidade. Algumas questões, por outro lado, não apresentaram nenhuma contextualização, cobrando somente a definição de alguns conceitos.
Foram seis questões bastante trabalhosas, cujos enunciados apresentaram (com exceção de uma questão) gráfico, figura ou esquema para serem analisados. Houve predomínio de Citologia (3 questões, representando 50% da prova), sobretudo assuntos de Biologia Molecular. Algumas vezes, diferentes partes da Biologia foram misturadas numa mesma questão.
Isso permitiu à prova cobrar uma variedade maior de assuntos do Ensino Médio. A 2ª fase da Unicamp 2018 foi, perceptivelmente, mais difícil do que no ano anterior.
A 1ª fase da Vunesp foi constituída por oito testes, abrangendo de forma satisfatória as diferentes partes da disciplina: Ecologia (2), Botânica (2), Zoofisiologia (2), Evolução (1) e Genética (1).
Prova simples, direta e com pouca contextualização nos enunciados. Cobrou temas tradicionais dos vestibulares, como pirâmides ecológicas, teste de gravidez, ponto de compensação fótico, entre outros. Uma ressalva talvez fique por conta da questão 67 (versão 1), sobre os possíveis
efeitos de desodorantes no sistema respiratório de alguns animais. O enunciado parece indicar algo não totalmente alinhado com o gabarito oficial. Muitas questões traziam figuras, fotos ou esquemas para serem interpretados.
Composta por apenas três questões, a prova de Biologia da 2ª fase da Vunesp teve enunciados diretos e claros. Com abordagens tradicionais, foram contemplados assuntos clássicos do Ensino Médio, como desequilíbrios ecológicos provocados por espécies exóticas e histologia animal. Por outro lado, uma questão de parasitoses contextualizou de forma bastante criativa a transmissão de doenças por mosquito, percevejo e pulga. As questões foram bem elaboradas, como nos anos anteriores.
A prova da Unifesp trouxe cinco questões discursivas que versaram sobre diferentes assuntos. Sistema circulatório humano, embriologia, evolução das plantas e herança genética foram temas cobrados. Tópicos importantes de Ecologia – populações e relações ecológicas – foram exigidos em uma questão que usava os tentilhões de Galápagos como contexto. Destaque também para o assunto febre amarela: o candidato precisava ter conhecimento sobre a doença, inclusive sobre a sua transmissão silvestre.
Com exceção de um heredograma, não foram apresentados esquemas, gráficos ou tabelas para serem interpretados. Os enunciados, de modo geral, não foram tão diretos, demandando dos candidatos uma leitura mais atenta. Prova equilibrada, adequada para avaliar os conhecimentos específicos dos vestibulandos.
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