Carolina Wong Giansante, 17 anos, nasceu em uma família de médicos, mas escolheu a dança com o apoio da família. “O meu pai foi o primeiro a perceber a minha vocação e me ajudou a procurar universidades e cursos, enquanto a minha mãe me levava para as aulas e costurava as minhas sapatilhas. Apesar de não entender muito sobre dança, ela sempre procurou se informar para me ajudar. Eu tive muita sorte, pois a maioria dos pais não aceitam que os filhos sigam carreiras artísticas”, conta.
Segundo Carolina, apesar de não ser obrigatório cursar uma universidade para tornar-se uma bailarina profissional, o curso superior é uma ótima oportunidade para aprender outros estilos, conhecer mais sobre a história da dança e sobre o funcionamento do corpo humano.
Formada em balé clássico e jazz, Carolina decidiu que iria aplicar para cursos de dança nos Estados Unidos após entrar no Etapa no início do Ensino Médio, em 2015. “Quando decidi que seria mesmo bailarina, percebi que estudar fora me traria muitas vantagens, começando pelo apoio que outros países dão para as artes, além das oportunidades de trabalhar com profissionais renomados”, relembra.
A partir disso, Carolina teve que superar o desafio de conciliar a vida acadêmica com os ensaios e as aulas de dança. “Para o application1, eu precisava manter uma boa média no Colégio e treinar várias horas por semana. Como eu escolhi um curso de artes, a parte mais importante é a audição, ou seja, os vídeos das minhas apresentações”, explica.
Carolina atribui a sua aprovação na Marymount Manhattan College, na Loyola Marymount University e na Point Park University - para onde vai em agosto, principalmente ao projeto iniciado no Colégio Etapa. “O espaço que tive para incluir a modalidade de dança no projeto CRIA2 foi essencial para a minha aprovação. Coordenei, fui professora e coreógrafa, o que fez uma enorme diferença no meu currículo e ajudou a confirmar a profissão que escolhi”, afirma.
Depois de conquistar a tão sonhada aprovação, Carolina comemora e faz planos. “É um sentimento incrível de que tudo valeu a pena. Depois que terminar a faculdade, eu gostaria de entrar em alguma companhia de dança ou fazer parte do elenco de um musical. Também penso em ser professora de dança e talvez até ter a minha própria escola, quando eu já tiver parado de me apresentar. Além disso, gostaria de levar a dança para crianças carentes que não tiveram a mesma oportunidade que eu”, conta.
1 - Application: processo de seleção para as universidades internacionais;
2 - Capacitação para Resultados Internacionais em Artes (CRIA) é um projeto que envolve diversas atividades artísticas como escrita criativa, música, teatro, desenho e dança, para alunos que precisam montar um portfólio para aplicações internacionais.