Aos 34 anos e com um filho pequeno, Bruna Fernandes Mendes Silva descreve a sensação de ser aprovada em Medicina na Universidade de São Paulo (USP) como uma das melhores de sua vida.
“Eu fiquei incrédula, aliviada e realizada. Quando dei a notícia ao meu marido, nós ríamos e chorávamos ao mesmo tempo”, recorda a ex-aluna do Curso Etapa, que também foi aprovada na Faculdade de Medicina de Jundiaí, na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Para ela, o incentivo do parceiro, que também é médico, foi e continuará sendo essencial em sua jornada. “Meu esposo abraçou esse sonho comigo. Ele costuma dizer que ninguém faz Medicina sozinho, que é um projeto de família. Por isso, ter alguém que ofereça uma estrutura de apoio enquanto eu me dedico aos estudos é fundamental”, afirma.
“Eu decidi que queria ser médica há 13 anos, enquanto finalizava minha graduação em Farmácia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). No estágio, pude assistir a um parto e entendi que isso era o que eu realmente gostaria de fazer. No entanto, como a minha família não podia custear meus estudos durante mais uma graduação, me formei e comecei a trabalhar”, conta.
Por dez anos, Bruna trabalhou em uma multinacional. Posteriormente, casou-se e teve um filho, que hoje está com dois anos. Mas, mesmo em meio aos desafios da vida doméstica e profissional, o sonho de seguir carreira em Medicina permanecia vivo. “Por um tempo, esse desejo pareceu impossível, mas agora vejo que cada um tem a sua caminhada e só não consegue quem desiste”, diz.
Conciliar os cuidados com um filho pequeno e a preparação para o vestibular de Medicina não é uma tarefa fácil. Mas, em meio a uma adversidade, Bruna encontrou uma oportunidade de dar andamento a esse sonho.
“Meu filho apresentou atraso na fala e os médicos recomendaram que eu o matriculasse na escola para ajudar no tratamento. Sendo assim, ele iniciou os estudos no período da tarde e, paralelamente, eu me matriculei no Curso Etapa”, explica.
“Durante a manhã, eu o levava para as terapias e estudava enquanto aguardava na sala de espera. Após deixá-lo na escola, ia ao Etapa assistir às aulas. Durante a noite, passava um tempo com a minha família, até umas 22h, para então fazer os exercícios do dia. Costumava dormir por volta das 3h da manhã e, aos sábados, realizava os simulados religiosamente”, detalha a rotina do ano pré-vestibular.
Com tantos afazeres, Bruna precisava de uma instituição que lhe desse suporte. “A modalidade Extensivo proporcionou tudo o que era necessário para a minha aprovação. O material é bem organizado e cobre todo o conteúdo exigido pelos exames. Isso fez com que eu ganhasse tempo”, relata.
“Já a modalidade híbrida, por sua vez, me ajudou nos momentos em que precisei assistir às aulas gravadas nas salas de espera dos consultórios”, revela. Além disso, os simulados também cumpriram um papel fundamental na preparação de Bruna.
“Eu acredito que o melhor é realizá-los presencialmente, se houver a oportunidade. O ambiente remete ao do próprio vestibular, com limite de tempo, um fiscal observando e a presença de outros candidatos na sala, o que me deixou mais acostumada às condições dos exames”, comenta.