Na 8ª edição da Olimpíada Brasileira de Linguística (OBL), os alunos do Colégio Etapa conquistaram 1 Insígnia de Papel (medalha de ouro), 9 Insígnias de Pergaminho (medalha de prata), 23 Insígnias de Papiro (bronze) e 12 Insígnias de Palma (menções honrosas). A competição envolveu mais de 2 mil estudantes de todo o país que enfrentaram provas online e presenciais.
Segundo o professor de Língua Portuguesa e Linguística do Colégio Etapa, Antônio Roberto Giraldes, o maior desafio para os estudantes que participam de competições como a OBL é ter a capacidade de serem, ao mesmo tempo, criativos e persistentes. “Criativos para procurar soluções, caminhos e possibilidades diferentes para chegar às respostas. E persistentes para tentar comprovar, pacientemente, se aquele caminho ou possibilidade pensado procede”, explica.
Os dez primeiros colocados do Etapa na 8ª edição da OBL ainda participarão da Escola de Linguística de Outono (ELO), entre 8 e 13 de abril, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Na ocasião, eles e outros estudantes brasileiros medalhistas de ouro e prata farão cursos, dinâmicas de pesquisa e provas que definirão a equipe que representará o Brasil na Olimpíada Internacional de Linguística (IOL), que ocorrerá em julho, na Coreia do Sul.
Aluno da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Etapa, Gustavo Miguel de Oliveira, 16 anos, que conquistou a “Insígnia de Papel” (equivalente à medalha de ouro) na OBL, contou sobre como se apaixonou pela linguística.
Após conhecer a olimpíada pela internet, em 2016, ele resolveu disputá-la apenas para conhecer a prova, sem grandes expectativas. Mais preparado após entrar no Etapa em 2017, o estudante conquistou a “Insígnia de Pergaminho” (medalha de prata) e foi convidado a participar da Escola de Linguística de Outono (ELO), quando iniciou os treinamentos específicos para as competições estudantis de linguística.
“A OBL se diferencia das outras olimpíadas em vários aspectos. Ela não requer nenhum conhecimento muito específico, mas exige bastante raciocínio lógico e um pouco de conhecimento geral. O que eu mais gosto é como a competição nos coloca em contato com línguas de vários lugares e culturas diferentes - línguas indígenas, incomuns, extintas e até mesmo algumas fictícias, como o “Dothraki”, da série “Game of Thrones”, conta Oliveira.
Ele conta que é preciso desapegar da língua materna para ter um bom desempenho na OBL. “Você precisa estar livre dos limites que cada língua impõe. É como se a gente não falasse nenhum idioma ou, então, falasse todos”, explica.