O número de brasileiros que decidiu fazer graduação no exterior vem crescendo nos últimos anos. Segundo a pesquisa Selo Belta, realizada pela Brazilian Educational & Language Travel Association, mais de 50 mil estudantes fizeram essa escolha em 2018 – um crescimento de aproximadamente 38% em relação a 2017. Mas, quais são as vantagens de estudar fora?
Existem diferentes benefícios em fazer a graduação em uma universidade internacional. Neste post, listamos cinco deles. Confira agora mesmo!
Existem diferentes opções para quem deseja ter uma experiência acadêmica internacional: dos intercâmbios de curta duração, como os summer courses (cursos de verão), aos mais longos, como o High School e a graduação. Em todos esses casos, o estudante torna-se mais fluente no idioma do país escolhido.
Porém, quanto mais tempo no exterior, maior será o contato com a nova língua, o que amplia a capacidade de leitura, escrita e interpretação. Além disso, as aulas e as interações no dia a dia também aumentam a autoconfiança em relação ao idioma estrangeiro, o que é benéfico tanto do ponto de vista pessoal como profissional, como explica o ex-aluno do Etapa Pedro Sanzovo, que se formou em Ciências da Computação na Stanford University.
“As universidades internacionais oferecem muitas oportunidades de se comunicar que te ajudarão a entrar no mercado de trabalho internacional com muito mais facilidade. Isso inclui o domínio da língua e da linguagem técnica”, afirma.
Qualquer viagem permite conhecer melhor a cultura local. Porém, fazer uma graduação no exterior traz uma experiência mais rica, já que o estudante terá mais tempo para interagir com os costumes, tradições, manifestações artísticas, gastronomia e características sociais do país. Mas Edmilson Motta, coordenador-geral do Colégio Etapa, ressalta: “O estudante tem que estar aberto ao convívio com culturas diferentes e pessoas de outras nacionalidades, buscando viver como se fosse um nativo”.
Pedro Sanzovo reforça que é preciso ter a mente aberta para realmente se beneficiar dessa experiência. “Uma das grandes vantagens de estudar fora é se abrir para as oportunidades. Não dá para ir com uma ideia fechada do que se quer e vai fazer. É preciso se expor, ter novas experiências, seja pelo lado pessoal, profissional ou acadêmico. Essa é a chave para uma graduação bem-sucedida no exterior”.
Caso a escolha seja uma universidade de primeira linha, o também conviverá com pessoas de diversas nacionalidades, já que essas instituições recebem estudantes do mundo todo. Essa experiência poderá ajudar o estudante a lidar melhor com as diferenças e até a olhar para a própria cultura com uma nova perspectiva.
Uma das vantagens de estudar fora é a qualidade de ensino. Pedro Sanzovo aponta três pilares de toda universidade de ponta do exterior. “O primeiro são os professores. Tive aulas com ícones mundiais, como Andrew Dee, um grande nome da Ciência de Dados. O segundo são os alunos. As universidades de alto nível atraem talentos do mundo inteiro e os colocam no mesmo ambiente, o que eleva o nível para todos. E o terceiro são os recursos financeiros, que possibilitam apoio e estrutura fundamentais para o desenvolvimento intelectual e acadêmico”.
Edmilson Motta frisa ainda que a metodologia das universidades internacionais é outra vantagem. “Nos Estados Unidos, o ensino é focado no esforço individual do estudante. Há muita lição de casa e o nível de exigência é alto, o que é bem desafiante”.
Outra vantagem de estudar fora é a flexibilidade no ensino, comenta Pedro Sanzovo. “Nos Estados Unidos, o ensino foca mais o desenvolvimento intelectual do que técnico, o que é importante para desenvolver um pensamento crítico, algo fundamental para o mercado de trabalho e para a vida como um todo”.
A possibilidade de explorar várias áreas também é uma das vantagens de estudar no exterior, como apontado pela ex-aluna do Etapa, Deborah Alves, que se formou em Computação e Matemática em Harvard. “Se eu cursasse Ciências da Computação no Brasil, estudaria apenas as matérias desse curso. Nos Estados Unidos, além das disciplinas do curso, é possível participar de aulas de várias áreas. Eu assistia às aulas de Artes, Economia e Música, o que para mim foi uma grande vantagem”.
Ter uma experiência internacional é um grande diferencial para o currículo, destaca o coordenador Edmilson Motta. “Geralmente, um candidato com vivência no exterior é considerado apto a enfrentar desafios maiores do que os profissionais sem essa experiência, portanto, isso abre muitas portas”, explica.
Cursar uma graduação no exterior pode ser vantajoso tanto para os estudantes que almejam se fixar no país de destino quanto para aqueles que desejam retornar para o país de origem.
Entretanto, se o desejo é ficar no exterior, é preciso cuidado quanto à legislação do país. “Normalmente, o estrangeiro pode estagiar e trabalhar por um período determinado. Mas, depois, ele precisa voltar para o seu país. Porém, quando a graduação é feita em uma universidade de primeira linha, essa legislação torna-se secundária, pois a empresa pode considerá-lo um profissional essencial e fará o possível para mantê-lo. Se a empresa provar que se trata de um funcionário único, ele certamente conseguirá todas as autorizações para permanecer no país”, afirma Edmilson.
Caso a intenção seja voltar para o Brasil, a atenção deve-se voltar para a possibilidade de ter que revalidar o diploma ou de a graduação não ser aceita no mercado de trabalho. “No caso de Medicina e Veterinária, por exemplo, pode ser muito difícil conseguir revalidar o diploma. Também há cursos que são completamente diferentes no exterior, como Psicologia e Direito”, explica o coordenador.
Mas, em muitas situações, a revalidação do diploma é facultativa. Os ex-alunos do Etapa Pedro Sanzovo e Deborah Alves decidiram voltar para o Brasil e não precisaram passar por esse processo, já que se tornaram empreendedores e abriram suas próprias startups.
Uma das vantagens de estudar fora é o amadurecimento e autonomia conquistados. O estudante passa a se conhecer melhor, desenvolve novos interesses, aprende sobre outras culturas ganha experiência de vida. “Ele não está superando só o desafio de cursar uma universidade. Ele também está enfrentando uma adaptação cultural e ampliando seu repertório ao mesmo tempo”, destaca o professor.
Edmilson Motta ainda ressalta outro benefício. “As faculdades de primeira linha têm muitos programas para os estudantes estagiarem e desenvolverem pesquisas, principalmente durante as férias de verão, permitindo que os alunos realizem uma atividade relacionada à sua formação acadêmica ou interesse pessoal”.
Deborah Alves afirma, porém, que é preciso fazer uma avaliação cuidadosa. ”Uma das coisas que faz muitas pessoas se darem mal lá fora é fazer várias coisas ao mesmo tempo. É bom avaliar o que se quer tirar dessa experiência e focar em tirar o máximo de proveito de cada oportunidade, mas sem se sobrecarregar”.
E os benefícios de estudar em uma universidade do exterior não ficam restritos aos estudos. Os estudantes também podem se beneficiar da vida no campus, incluindo ligas esportivas, organizações estudantis, eventos universitários e atividades extracurriculares.
Seu filho pensa em fazer uma graduação no exterior? Mostre para ele este artigo e ajude-o a descobrir os benefícios de estudar em uma universidade internacional. Você conhece alguém que quer estudar fora do país? Então compartilhe esse conteúdo!