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O que é e como funciona um laboratório de inovação?

Escrito por ESEG - Faculdade do Grupo Etapa | 16/03/2021 11:00:00

Os laboratórios de inovação são uma grande tendência da área de Tecnologia. Empresas de grande porte, instituições de ensino e órgãos públicos mantêm esse tipo de espaço com o propósito de fomentar a criatividade e a inovação por meio do desenvolvimento de soluções que revolucionem as próprias organizações e a sociedade. Mas, afinal, você sabe o que é, como funciona e qual é a importância dos laboratórios de inovação? Continue a leitura para descobrir essas respostas.

 

O que é um laboratório de inovação?

“Os laboratórios de inovação são espaços nos quais a inovação e a colaboração são os pilares fundamentais das ações desenvolvidas por seus integrantes. A proposta é buscar soluções viáveis, diferenciadas e capazes de atender às necessidades encontradas em diversas situações de nossas vidas. Nesse ambiente de desenvolvimento, novos produtos e serviços podem ser criados, aprimorados e compartilhados, de forma a potencializar a profusão de conhecimentos e visões diferentes”, explica Victor Reiss, coordenador de Robótica do Colégio Etapa.

E ao contrário do que muitas pessoas pensam, esse tipo de espaço não é restrito aos estudantes, professores e profissionais da área de Tecnologia. “Os laboratórios de inovação são dedicados ao exercício da criatividade em qualquer área do conhecimento, com atividades voltadas para todas as faixas etárias e níveis de formação. E esse caráter diversificado e multidisciplinar enriquece os projetos, já que há uma troca de conhecimentos que cria um ambiente inspirador para todos”, destaca Marcelo Dias, coordenador-geral da Graduação da ESEG – Faculdade do Grupo Etapa.

 

Como funciona um laboratório de inovação?

Existem vários tipos de laboratórios de inovação! Empresas privadas, por exemplo, costumam destinar esses espaços ao desenvolvimento de novos produtos que levem em conta as necessidades dos seus públicos-alvo ou de processos que atendam a demandas internas. Já nas escolas, faculdades e universidades, os estudantes e os professores costumam utilizar esses locais para desenvolverem projetos por iniciativa própria. É possível encontrar ainda alguns laboratórios de inovação de uso público, conhecidos como fab labs.

Geralmente, esses espaços contam com equipamentos modernos, como fresas com Controle Numérico Computadorizado (CNC), impressoras 3D, máquinas de corte a laser, soldas e tornos mecânicos. “Os laboratórios de inovação são locais muito propícios para o desenvolvimento de novas ideias, produtos e processos justamente por causa da presença de diversos materiais, máquinas e manuais”, explica Dias.

E esse arsenal de equipamentos e recursos permite que os makers¹ tenham liberdade para conceber projetos diferenciados. “Em um laboratório de inovação, um estudante consegue desenvolver seu próprio circuito elétrico miniaturizado, construindo a própria placa, produzindo itens com dimensões compatíveis às necessidades do projeto, soldando os componentes e reaplicando peças que precisam ser repostas, por exemplo. Assim, os estudantes conseguem materializar suas ideias”, exemplifica Reiss.

“Isso possibilita que o estudante desenvolva um pensamento mais sistêmico, visto que passa a buscar soluções com foco no todo, e não apenas em um pequeno recorte da realidade”, complementa Dias.

 

Por que frequentar um laboratório de inovação?

Um dos principais benefícios de frequentar esse tipo de espaço é a possibilidade de “colocar a mão na massa”, uma característica da cultura maker, que promove o aprendizado por meio de experiências práticas e contribui para a melhora do desempenho acadêmico e da participação dos estudantes em sala de aula.

“Os laboratórios de inovação são uma forma de complementar o aprendizado adquirido durante as aulas, de forma a enriquecer a formação dos estudantes, independentemente de estarem na educação básica ou no ensino superior. Além disso, o uso desses locais permite o desenvolvimento da criatividade, da organização e do trabalho em equipe, habilidades importantes tanto para a vida pessoal dos estudantes quanto para o mercado de trabalho”, afirma Dias.

“Além disso, nesses espaços, os estudantes podem conhecer pessoas que também estão dispostas a desenvolver novas ideias, como os professores, diferentes profissionais e outros colegas. Sem falar que o uso dos maquinários necessários para o desenvolvimento dos projetos, por si só, permite que os estudantes aprendam”, destaca Reiss.

“De fato, alguns dos benefícios dos laboratórios de inovação, especialmente durante a fase escolar, são o entendimento sobre o uso correto e os cuidados necessários com as máquinas, bem como sobre as variadas formas de utilização dos materiais e a importância da organização das ferramentas. São aprendizados úteis para a vida estudantil, a formação cidadã e, futuramente, para o mercado de trabalho”, complementa Dias.

Vale ressaltar que os projetos realizados por estudantes da educação básica nos laboratórios de inovação são monitorados por professores ou operadores técnicos, o que garante a segurança e o melhor aproveitamento da experiência.

“Nesse sentido, os estudantes são convidados a trabalharem em desafios que variam de acordo com os ciclos acadêmicos, de modo que os níveis de complexidade indicados para cada faixa etária sejam respeitados e os participantes se beneficiem adequadamente desses espaços. Por isso, os estudantes em fase escolar participam dos processos criativos ou desenvolvem protótipos com o auxílio de profissionais capacitados para operar as máquinas”, esclarece Reiss.

 

Frequentar um laboratório de inovação durante a educação básica também pode ajudar o estudante na escolha da profissão. “Além disso, esses espaços contribuem para a aceitação de que os fracassos fazem parte do processo, pois os estudantes aprendem que a revisão e o aperfeiçoamento fazem parte do desenvolvimento de um projeto”, explica Dias.

Vale destacar que os laboratórios de inovação também possuem um papel fundamental no que diz respeito ao Novo Ensino Médio, que consiste em uma reorganização curricular de acordo com as novas demandas do mercado de trabalho e da vida em sociedade. Conforme a nova proposta, o currículo das três últimas séries da educação básica brasileira passa a ser constituído por dois modelos educacionais obrigatórios: formação geral básica e eixos estruturantes.

Esse conjunto permite que os estudantes ampliem e aprofundem seus conhecimentos com base em seus interesses. “O Novo Ensino Médio oferece um entendimento maior sobre o papel de cada um no que diz respeito à cidadania, considerando o que é relevante no mundo atual e as vocações de cada um. E sem um laboratório de inovação fica muito difícil realizar integralmente as funções dos eixos estruturantes”, afirma Edmilson Motta, coordenador-geral do Colégio Etapa.

“O estudante que optar pelo eixo estruturante de processos criativos, por exemplo, poderá utilizar os laboratórios de inovação para desenvolver um aplicativo, um robô e até mesmo a cenografia de uma peça de teatro. Além disso, esse tipo de ambiente também promove o empreendedorismo, assim como oferece as ferramentas necessárias para a realização de pesquisas nas áreas de investigação científica, mediação e intervenção sociocultural”, acrescenta Motta.

Já no ensino superior, os laboratórios de inovação colaboram para a vivência de desafios do mundo real. “A partir da aplicação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula e da realização de testes, os universitários têm a oportunidade de desenvolver novas formas de pensar, o que lhes permite otimizar processos de fabricação, descobrir quais são os materiais mais indicados para cada fim e reduzir custos para que os protótipos se tornem comercialmente viáveis”, finaliza Dias.

Desse modo, os estudantes desenvolvem as competências e os conhecimentos necessários para encararem o mercado de trabalho e atuarem como agentes transformadores na sociedade.

 

Gostou de saber o que é, como funciona e quais são as vantagens de utilizar um laboratório de inovação? No Laboratório de Inovação Tecnológica (LITE) e em nossos espaços maker, os alunos do Colégio Etapa e da ESEG têm a oportunidade de desenvolverem e participarem de projetos inovadores com uma estrutura completa. Saiba mais em nossos sites!

 

¹Makers: estudantes, profissionais e outros indivíduos que participam da cultura maker.