Um levantamento feito em 2023 pela Ipsos (empresa multinacional de pesquisa e consultoria de mercado) mostrou que 61% dos brasileiros não conseguem poupar dinheiro. Um dos principais motivos para isso é a falta de planejamento, que resulta em gastos supérfluos e acúmulo de dívidas.
Diante desse cenário, uma das possíveis soluções para transformar essa realidade é o ensino de educação financeira na escola. Afinal, entender conceitos básicos de economia e finanças desde a infância permite a construção de uma base sólida para um futuro financeiro saudável.
Se você quer saber como facilitar o aprendizado dos seus filhos nessa área, confira:
A educação financeira capacita os indivíduos para uma tomada de decisões informada e responsável sobre gestão financeira em geral, englobando aspectos como gastos, investimentos e poupança. Para isso, é preciso desenvolver uma compreensão adequada dos princípios econômicos e da importância do planejamento a longo prazo.
Na tabela abaixo, confira alguns temas de educação financeira que podem ser abordados ao longo do período escolar:
Conceitos Básicos de Dinheiro |
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Poupança |
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Gastos e Orçamento |
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Consumo Consciente |
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Trabalho e Empreendedorismo |
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Investimento |
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Planejamento de Compras |
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Caridade e Doações |
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Economia e Mercado |
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Mídias e Publicidade |
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Segurança Financeira |
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A incorporação da educação financeira no currículo escolar é vital, pois prepara os jovens para enfrentar os desafios do mundo real. “Esse conhecimento é de suma importância para que as crianças desenvolvam um pensamento crítico sobre o dinheiro”, afirma Denise Santos, coordenadora da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I do Colégio Etapa Valinhos.
“A educação financeira permite que as crianças compreendam a importância de refletir sobre seus desejos e de se planejar para realizá-los. Dessa forma, elas desenvolvem habilidades cognitivas e aspectos como autonomia, bem-estar, organização e segurança”, acrescenta Maria Carolina Maldonado, coordenadora da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I do Colégio Etapa Vila Mascote.
Portanto, pode-se afirmar que a educação financeira vai além da relação com o dinheiro. “Esse tipo de ensino também permite mostrar que as nossas atitudes têm consequências. Quando mencionamos o desperdício de alimentos, por exemplo, mais do que falarmos sobre o dinheiro que foi mal gasto, provocamos as crianças a refletirem sobre o fato de muitos indivíduos não terem o que comer, tanto por questões econômicas quanto por aspectos sociais”, complementa Maldonado.
Devido ao entendimento sobre a importância da educação financeira na infância, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tornou o tema obrigatório no currículo escolar. Apesar de propor o desenvolvimento do assunto dentro do programa de Matemática do Ensino Fundamental, o documento também destaca a importância de haver uma abordagem multidisciplinar.
Isso permite que os alunos vejam as aplicações práticas dos conceitos financeiros em várias áreas de suas vidas. Simular cenários de tomada de decisão financeira, como investir dinheiro ou administrar um orçamento familiar, permite que as crianças experimentem as consequências de suas escolhas e compreendam conceitos financeiros de forma envolvente.
No Colégio Etapa, os alunos aprendem conceitos como valor, trabalho, bem público, desperdício e reaproveitamento, que também são trabalhados por meio de atividades práticas. “É importante promover aulas dinâmicas que possibilitem às crianças pensarem de maneira ética e responsável sobre como devem gastar seu dinheiro. Além disso, é fundamental falar sobre a importância de cuidar dos próprios pertences, como os escolares, para que não seja necessário gastar dinheiro para consertar ou repor um item”, destaca Maldonado.
Além disso, é essencial que as crianças também vivenciem situações de compra, tanto no papel de vendedor quanto de comprador. “As atividades lúdicas, como brincadeiras que envolvem feiras e mercadinhos, contribuem para a reflexão sobre como o processo de consumo funciona”, explica Santos.
E a abordagem dessa temática não deve se restringir à sala de aula. “É fundamental aproveitar as oportunidades geradas pelo próprio ambiente para trabalhar a educação financeira na escola. Uma forma de fazer isso seria por meio de campanhas sobre o uso consciente dos recursos naturais, por exemplo”, completa a coordenadora.
A família também pode colaborar com esse processo, uma vez que os pais são os primeiros modelos de comportamento financeiro para as crianças. Você pode contribuir para a educação financeira dos seus filhos por meio de:
“Além de adotar essas práticas no dia a dia, contar a história dos avós, explicando como eles construíram seus lares, e falar sobre como o trabalho contribui para a compra dos itens da casa também pode ajudar”, comenta Santos.
Outro aspecto importantíssimo é a escolha de uma escola que apresente um projeto pedagógico que inclua atividades extracurriculares relacionadas ao universo financeiro. Além das aulas de educação financeira desde o Ensino Fundamental, o Colégio Etapa oferece um curso extraclasse de empreendedorismo para os alunos da 2ª série do Ensino Médio.
Nessa atividade, os estudantes aprendem os conceitos básicos da implementação de negócios e noções sobre economia e finanças para aplicação em projetos pessoais e profissionais.
Conheça os pilares da pedagogia dinâmica e estratégica do Colégio Etapa, que apresenta resultados reconhecidos no Brasil e nas principais universidades do mundo.