Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o maior estudo unificado sobre empreendedorismo no mundo, 53% dos brasileiros entrevistados pretendem abrir seus próprios negócios nos próximos três anos. A pesquisa também mostrou que mais de 51% dos novos empreendedores do país possuem entre 18 e 34 anos.
De fato, esse tipo de empreendimento cresceu nos últimos anos, principalmente entre os jovens. Contudo, para essas iniciativas prosperarem, é fundamental que os empreendedores saibam como criar e gerenciar negócios de sucesso.
Nesse sentido, a presença de atividades de empreendedorismo na educação básica e no ensino superior tem contribuído para difundir esses conhecimentos. Quer saber mais? Então continue a leitura para descobrir o que é, como funciona e quais são os benefícios da educação empreendedora para os jovens.
“Há uma ampla definição sobre o que é educação empreendedora e como se formam os novos empreendedores. Mas, em geral, esse tipo de ensino visa estimular as habilidades necessárias para se empreender, promovendo desde o planejamento de novos projetos até a gestão dos negócios”, explica Pablo Ganassim, coordenador do curso de Empreendedorismo e Finanças do Colégio Etapa.
“Para tanto, a educação empreendedora discorre sobre vários aspectos importantes sobe o tema, como a diferença entre empreender e administrar, as ferramentas que auxiliam a criação e a gestão de um negócio, a inovação, o intraempreendedorismo e o perfil do empreendedor”, afirma Leila Canegusuco, coordenadora do Núcleo de Empreendedorismo da ESEG – Faculdade do Grupo Etapa.
Mas esse tipo de ensino não só colabora para a formação profissional, como também estimula o desenvolvimento pessoal dos estudantes, visto que empreender vai muito além de abrir uma empresa.
“A educação empreendedora contribui para o amadurecimento de competências comportamentais como boa comunicação, criatividade, liderança, negociação, pensamento crítico, proatividade, resiliência e trabalho em equipe. Assim, os jovens conquistam a qualificação e o preparo necessários para buscarem soluções que os permitam superar os desafios do mundo atual e acompanhar as mudanças que vivemos”, complementa Ganassim.
Mas, afinal, como as atividades sobre empreendedorismo podem ser inseridas na educação básica e no ensino superior? Primeiro, é muito importante compreender que empreender não é um dom pessoal inato, e sim um comportamento que pode ser despertado e desenvolvido. Nesse sentido, existem diferentes formas de inspirar os estudantes a empreenderem.
“As atividades sobre esse tema trabalhadas em sala de aula são guiadas por professores e disponibilizam o acesso a ferramentas e simuladores, permitindo aos jovens analisarem situações e proporem soluções. Assim, os estudantes aprendem a identificar oportunidades e a entenderem como podem criar e aprimorar um negócio”, esclarece Ganassim.
“Projetos, jogos, dinâmicas de grupo e desafios inserem os jovens do Ensino Médio em um processo de maturação que lhes permite viver experiências que trabalham, dentre outras competências, a capacidade de resolver problemas”, completa Ganassim.
“Na ESEG - Faculdade do Grupo Etapa, por exemplo, o curso de Engenharia de Produção possui, há mais de dez anos, a disciplina de Empreendedorismo em sua grade curricular, com uma carga horária de 80h. Além disso, o Núcleo de Empreendedorismo, destinado aos alunos de todos os cursos que desejam atuar de forma empreendedora na prática, possibilita simular a criação de empresas e participar de atividades de iniciação científica”, informa Canegusuco.
A geração Z, composta por pessoas nascidas a partir da segunda metade da década de 1990, tem sede de conhecimento, grande familiaridade com as novas tecnologias e cada vez mais interesse pelo empreendedorismo.
E o acesso à educação empreendedora permite que esses jovens sintam mais segurança para iniciar seus projetos. “Afinal, esse tipo de ensino estimula os estudantes a compreenderem os processos que suportam a criação e o desenvolvimento de uma empresa, assim como colabora para eles entenderem que sucesso de um negócio depende muito das atitudes e da decisão do empreendedor”, destaca Canegusuco.
“Isso porque o planejamento e a criação de novos projetos, assim como a busca por oportunidades para o próprio negócio, exigem o emprego de métodos. E para um empreendimento crescer, é importante elaborar estratégias que permitam o desenvolvimento e o aprimoramento contínuo dessas técnicas”, acrescenta Ganassim.
“Vale destacar que a sala de aula é um importante aliado da cultura do empreendedorismo, visto ser um espaço que permite que os estudantes aprendam a calcular riscos, se planejar e tomar decisões com um olhar voltado para a identificação de oportunidades e a mensuração dos desafios que envolvem a implementação de soluções inovadoras”, aponta Ganassim.
“Além disso, muitos estudantes não se dão conta que grandes empresas com um papel de destaque em suas áreas de atuação, nasceram pequenas a partir da ideia de um indivíduo. Sem falar que as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) possuem um papel fundamental para a economia brasileira, pois a maioria dos negócios instalados no país são desse porte”, conclui Canegusuco.
“Para empreender, é importante estudar e se preparar para montar um negócio, o que envolve planejar sua estrutura, monitorar seu crescimento e propor estratégias para aumentar seu desenvolvimento. E a educação empreendedora é justamente a base para a formação de cidadãos mais conscientes, participativos e produtivos, uma vez que contribui para os estudantes inovarem de forma eficiente, com soluções viáveis e facilmente implementadas”, afirma Ganassim.
“Sem falar que a educação empreendedora colabora para a redução do fechamento precoce dos negócios. Se os micro e pequenos empreendedores têm noção sobre as ferramentas necessárias para a criação, a manutenção e o crescimento de uma empresa, o risco de terem que fechar seus empreendimentos é minimizado”, pontua Canegusuco.
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Além disso, vale destacar que esse tipo de ensino oferece vantagens específicas para estudantes de diferentes ciclos. “No caso dos jovens que estão cursando o Ensino Médio, os principais benefícios da educação empreendedora envolvem o despertar da criatividade, além da apreciação e do respeito pelo trabalho em equipe”, explica Leila.
“Outro aspecto interessante é o acesso a materiais e informações, bem como o contato com projetos e outros empreendedores, que enriquecem ainda mais a experiência desses estudantes, uma vez que esses aspectos contribuem para que eles compreendam a importância de ter foco e disciplina, o que colabora para o desenvolvimento de uma atitude empreendedora”, aponta Ganassim.
“Ademais, o Ensino Médio é um ótimo ciclo para ensinar os jovens sobre a importância de saber fazer as escolhas certas. Isso porque essa fase é muito crucial para os estudantes entenderem diferentes questões que giram em torno da realização de um projeto pessoal ou do desenvolvimento de uma carreira profissional, tendo em vista que muitas escolhas feitas no presente podem repercutir apenas no futuro”, completa Ganassim.
Já no caso dos universitários, a educação empreendedora colabora para o desenvolvimento da carreira profissional dos estudantes, independentemente das suas áreas de atuação.
“Cada vez mais, as empresas apresentam um interesse por candidatos que possuam um perfil empreendedor, o que explica o aumento do empreendedorismo corporativo, conhecido como intraempreendedorismo. E essas companhias não só estimulam seus funcionários a empreenderem, como chegam a desenvolver parcerias com esses novos negócios, visando melhorar seus processos, por exemplo”, comenta Canegusuco.
“Sem falar que as instituições de ensino superior possuem um papel importante no fomento desse tipo de negócio no país, uma vez que fazem parte da Hélice Quádrupla do Empreendedorismo, formada pela academia, pelo governo, por empresas e pela sociedade civil”, conclui Canegusuco.
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